Fazendeiro confessa assassinato após discussão por celular, em Palmeiras de Goiás

fazendeiro

O fazendeiro Hélio de Oliveira, de 35 anos, confessou que matou o adolescente Wanderson Costa Leite, de 17 anos, após uma discussão por um celular e que enterrou o corpo da vítima a 8 metros de profundidade. O adolescente estava desaparecido a mais de um mês.

A delegada responsável pelo caso, Silvana Nunes, contou que a vítima e o suspeitos estavam em um galpão consumindo bebidas alcoólicas e drogas.

“Segundo Hélio Junior, ele teria sentido a falta do celular dele e teria começado uma discussão com a vítima. Essa vítima teria jogado o celular dele no chão, que estava em seu bolso. Então, o autor se sentindo lesado, já efetuou um disparo nele no peito e, logo em seguida, pegou uma espingarda e deu mais dois tiros na vítima, que morreu ali mesmo no local”, informou a delegada.

O adolescente foi visto pela última vez entrando na caminhonete do fazendeiro, em Palmeiras de Goiás, no centro do estado. O produtor rural e mais duas pessoas foram presas no dia 28 de novembro por suspeita de matar e ocultar o corpo de Wanderson.

Localização do corpo

O corpo de Wanderson foi encontrado pela Polícia Civil na quarta-feira (1º), enterrado em uma fazenda de Cezarina, que pertence a Hélio de Oliveira. A corporação teve dificuldades para localizar o corpo e chegou a precisar de uma retroescavadeira para auxiliar nas buscas.

O suposto corpo do jovem estava a 8 metros de profundidade e foi preciso o uso de uma retroescavadeira (Foto: Divulgação/PCGO)

A Polícia Técnico-Científica trabalha para identificar o corpo que seria de Wanderson. No entanto, segundo a delegada, a mãe do adolescente reconheceu as roupas como sendo do filho. Ela disse ainda que foi o próprio suspeito quem mostrou o local aos policias.

A Polícia Técnico-Científica informou que não foi possível identificar o corpo por meio da digital – método mais comum e ágil. Com isso, serão feitos exames por arcada dentária, caso não dê certo, por DNA.

Crime

Wanderson foi visto pela última vez no dia 25 de outubro entrando em uma caminhonete em Palmeiras de Goiás.

Segundo a delegada, a vítima estava em um bar com Hélio e mais outro adolescente. Testemunhas disseram a polícia que o fazendeiro estava alterado e que chegou a efetuar disparos de arma de fogo para o alto na porta do estabelecimento.

“Eles se conheceram naquela mesma noite, aproximadamente duas horas antes de ser assassinado. Eles se toparam em um bar da cidade e lá, ambos, comprovadamente, tinham ingerido bebidas alcoólicas e drogas”, contou a delegada.

Foi apontando ainda pelas investigações que, após saírem do bar, o fazendeiro convidou os adolescente para entrarem em sua caminhonete. Um dos adolescentes deixou o veículo próximo a região a sua casa. Depois disso, Wanderson e Hélio seguiram até um galpão às margens de uma rodovia, onde ocorreu o desentendimento e a morte do garoto.

“A morte ocorreu nesse galpão da fazenda do produtor rural. Esse galpão é onde o fazendeiro guarda suas máquinas agrícolas. De lá, com o auxilio de seus funcionários, esse corpo foi ocultado em uma fazenda em Cezarina, cujo o próprio fazendeiro planta soja no local”, disse a delegada.

A caminhonete foi encontrada no dia 2 de novembro pela Polícia Civil. O carro passou por perícia e, de acordo com a família, manchas de sangue foram encontradas no veículo.

A polícia também ouviu diversas testemunhas, entre elas, o outro adolescente que entrou na caminhonete do fazendeiro. Ele contou que estava com o suspeito e a vítima procurando por prostitutas por um bairro indicado pelo desaparecido.

No entanto, depois de não encontrarem ninguém, o rapaz desceu do carro e foi embora, mas Wanderson continuou. Também segundo ele, depois que a caminhonete se afastou, foi possível ouvir tiros.

Os envolvidos no crime irão responder por homicídio e ocultação de cadáver.

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Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

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