Caso Wanderson: saiba quais crimes o caseiro cometeu

O caseiro Wanderson Mota Protácio, 21, deve responder por sete crimes. Segundo a Polícia Civil (PC), se condenado, o suspeito pode passar mais de 120 anos em reclusão.

Wanderson foi preso neste sábado (4/12) em Gameleira de Goiás, após uma fazendeira convencê-lo a se entregar. O caseiro era procurado há seis dias. Para a polícia, ele confessou ter matado a mulher grávida, a enteada e um fazendeiro, no último dia 28, em Corumbá de Goiás, no Entorno do Distrito Federal.

Agora de acordo com o delegado Tibério Martins, Wanderson pode responder pelos crimes:

  • Duplo Homicídio qualificado (Feminicídio) – pena 12 a 30 anos de detenção;
  • Aborto (mulher estava grávida) – pena de 3 a 10 anos;
  • Latrocínio consumado – pena de 20 a 30 anos;
  • Latrocínio tentado – até 30 anos;
  • Furto qualificado (arma do patrão) – de 2 a 8 anos;
  • Tentativa de estupro – de 6 a 10 anos;
  •  Porte de arma – de 2 a 4 anos.

Ainda segundo o delegado, durante o julgamento o juiz pode considerar outros agravantes e puni-lo. Com isso, a pena pode passar de 168 anos.

Relembre os crimes

Wanderson Mota Protácio confessou ter matado três pessoas na zona rural de Corumbá de Goiás. O crime aconteceu na noite de domingo (28/11). De acordo com a PC, o caseiro ainda tentou estuprar uma mulher, como não conseguiu, ele bateu nela e atirou em seu ombro. A mesma fingiu estar morta, esperou ele ir embora e pediu socorro aos vizinhos. Ela foi levada para o Hospital de Urgências de Anápolis (Huana).

Ainda de acordo com a polícia, a ordem dos crimes foi: Primeiro, o suspeito matou a facadas, Ranieri Aranha Figueiró, de 21 anos (mulher dele). Em seguida, Geysa Aranha da Silva Rocha, de 2 anos e nove meses. Na sequência, roubou a arma de um vizinho e executou Roberto Clemente de Matos, de 73 anos, com um tiro na cabeça. Depois, tentou estuprar a mulher de 45 anos.

Posteriormente, Wanderson usou a caminhonete de Roberto para fugir, mas abandonou o veículo na GO-225 após um acidente. O carro foi achado na mesma noite pela polícia.

Anteriormente, em 2019, ele cometeu uma tentativa de feminicídio em Goianápolis. Em Patrocínio (MG), foi preso, ano passado, por latrocínio. Ele matou um taxista, a facadas, em São Gotardo, região do Triângulo Mineiro.

Fazendeira convenceu Wanderson a se entregar

 

Foto: Divulgação PC

Por volta de seis da manhã deste sábado (4/12), Wanderson Mota apontou uma arma para a fazendeira Cindra Mara, na região de Gameleira de Goiás. A mulher o convenceu a se entregar à polícia, depois de seis dias em fuga.

Em coletiva à imprensa, a mulher falou, emocionada, sobre o ocorrido. “Foi Deus que deu livramento para mim, meu marido e para os policiais”, comentou.

Por fim, ela disse que fez uma foto ao lado de Wanderson para provar à polícia que estava com o suspeito, já que havia possibilidade de denúncias falsas.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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