Nesta terça-feira (25) foram um golpe desviou mais de R$ 4 milhões dos cofres da prefeitura de Crixás. O desvio ocorreu por meio de PIX, um meio do qual a prefeitura não utiliza nessa gestão.
Segundo informado pelo advogado Tyrone Guimarães, um homem chamado Fernando de Oliveira havia se identificado como gestor do suporte da rede do Banco do Brasil e ele seria o responsável pelo golpe. O estelionatário teria ligado para o secretário de Finanças, Jovael Maciel da Luz, com as informações da conta da prefeitura, buscando atualizar senhas cadastradas na agência.
“Era uma pessoa bem articulada, que induziu o secretário a fazer alterações nas chaves”, destacou o advogado sobre o caso.
A prefeitura só tomou conhecimento das transações quando o gerente regional de suporte do BB notou a movimentação na conta da prefeitura. Comunicando à Jovael Maciel que não havia nenhum Fernando de Oliveira no quadro de funcionários, o gerente regional destacou as transferências. Ao todo foram 12 transferências feitas para três indivíduos, totalizando R$ 4,6 milhões em transações.
“É o que conseguimos apurar até agora porque as contas estão bloqueadas para a prefeitura. Já sabemos os nomes dessas pessoas, mas não as contas e os CPFs”, relatou o advogado.
A transferência por PIX pela prefeitura
A transferência via PIX nunca foi utilizado pela Secretaria de Finanças de Crixás como meio de pagamento. Segundo Tyrone, o meliante havia convencido o secretário apresentando dados que somente os servidores teriam acesso, assim como só o gerente do banco também teria esse acesso.
“Fomos vítimas de estelionatários. A nossa preocupação é que outras prefeituras não caiam nesse golpe, cada vez mais frequente envolvido o PIX”, afirmou Tyrone Guimarães.
O advogado informou que um ofício ainda foi encaminhado pela administração de Crixás ao Banco do Brasil, pedindo mais informações. Somente em uma transação, mais de R$ 500 mil foram transferidos via PIX.
“O que é estranho é que normalmente é exigida pré-autorização para transferências de quantias tão altas, pedem 24 horas para limites maiores. Não é tão simples assim essa movimentação, ainda mais envolvendo um órgão público”, afirma o advogado.