Vereadores aprovam e Goiânia tem agora o Dia da Cannabis

Câmara de Goiânia

Na manhã desta quinta-feira (10), a Câmara dos Vereadores de Goiânia decidiu que 27 de novembro passará a ser o Dia Municipal da Cannabis Terapêutica no calendário oficial. O texto foi aprovado por maioria na Casa, com um único voto contrário, da vereadora Gabriela Rodart (DC). A proposta segue para sanção do prefeito Rogério Cruz (Republicanos).

O Projeto é de autoria do vereador Lucas Kitão (PSL) e complementa a lei que prevê a distribuição de medicamentos prescritos à base de Canabidiol (CBD) ou Tetrahidrocanabinol (THC). Na votação, a vereadora Aava Santiago (PSDB) pediu a palavra e declarou apoio ao projeto. “Favorece a pesquisa e reduz o preconceito”, disse a parlamentar.

A proposta é incentivar a pesquisa e o uso de medicamentos ou produtos à base de cannabis como forma de tratamento para problemas de saúde. Além disso, promover ações educativas e o debate em defesa dos pacientes que precisam deste tratamento e que enfrentam dificuldade de acesso a ele.

A regulamentação e distribuição de produtos do uso medicinal da cannabis foi aprovada e promulgada pela Câmara e aguarda nota da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), desde a derrubada do veto do ex-prefeito Iris Rezende (MDB).

A data de 27 de novembro é também o Dia Nacional do Combate ao Câncer e, segundo o vereador que propôs o projeto, a escolha foi feita por ativistas pela efetividade do tratamento no alívio de sintomas provocados pela quimioterapia. O texto destaca ainda a efetividade do tratamento à base de cannabis para outros problemas de saúde, como esclerose múltipla, epilepsia, glaucoma, dores crônicas e neuropáticas em geral.

Para o presidente da Associação Curando Ivo, criada para apoiar pacientes e seus familiares no acesso ao tratamento, a aprovação é um avanço. “Incentiva a gente a proporcionar eventos para debater com a sociedade, levar mais conhecimento e aproximação até com o próprio município para pensar em parcerias”, afirma Filipe Suzin.

Segundo ele, para que Goiânia avance nesta pauta, o mais necessário agora é a efetividade da lei 10.611, que entrou em vigor em abril do ano passado, também proposta pelo vereador Lucas Kitão (PSL). “É preciso avançar nesta questão para que possamos dar acesso ao tratamento a quem precisa, sem onerar o Município. Por exemplo, definir de onde vai sair este fornecimento e se o produto vai ser importado”, explica Filipe, que defende também uma aproximação do poder público com as Associações.

 

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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