“O PT é o partido preferido do povo brasileiro”, afirma presidente da sigla em Goiás

O Partido dos Trabalhadores (PT), do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, comemora 42 anos de existência nesta semana. Os dirigentes da sigla estão otimistas para as eleições deste ano. Ao Diário do Estado, a presidente do diretório em Goiás, Kátia Maria, afirma que a data é de conquistas, mas também de muita luta e reitera o comentário do ex-candidato à presidência de 2018, Fernando Haddad (PT), de que o atual governo federal causa um retrocesso social e econômico para o Brasil.

Na quinta-feira (10), Haddad usou suas redes sociais para resumir o que ocorreu no cenário político brasileiro dos últimos anos, justificando que o discurso antipetista colocou o país em um golpe de estado e em um retrocesso econômico “Para destruir o PT, eles decidiram destruir o Brasil. Fizeram a fome voltar na casa das famílias, o desemprego, a inflação. Estamos de pé, vivos, o PT representa os interesses dos trabalhadores e temos toda a disposição para reconstruir nosso país”, escreveu.

A presidente do PT em Goiás concorda “O que o Haddad fala é um reflexo do que estamos vivendo. A verdade é que não aceitaram um governo popular, um governo do Partido dos Trabalhadores. Fizeram um golpe contra a [ex] presidente Dilma Rousseff, depois tiraram o preferido do povo brasileiro das pesquisas de 2018, quando prenderam injustamente o Lula e conseguiram eleger um governo de extrema direita”, diz.

Segundo Kátia, o atual governo representa uma “Onda de ódio, conservadorismo, desemprego alto e uma das maiores taxa de inflação”. Em contrapartida, ela pontua o fato do PT ser considerado o partido preferido dos brasileiros, segundo a pesquisa do Instituto Datafolha, realizada em dezembro de 2021 “O PT é o preferido do eleitor brasileiro, em 28% dos entrevistados. O segundo e terceiro colocado, PSDB e MDB, estão com 2% cada”.

Planos do PT em Goiás

Para o estado goiano, o PT espera construir um palanque eleitoral para Lula e eleger de dois a três deputados federais e quatro estaduais, segundo Kátia. Na pesquisa Serpes/Acieg, divulgada em janeiro, é apontado a vitória de Lula, com 40% das intenções de voto, sobre Jair Bolsonaro (PL) com 27,8%. Outro levantamento, divulgado no dia 3 de fevereiro, feito pela Voga Brasil, mostra que 34,32% do eleitorado goiano votaria no petista e 29,49% em Bolsonaro. Para Kátia, “Lula lidera as pesquisas porque as pessoas enxergam nele uma esperança”.

Sobre a forma como será a caminhada da sigla em Goiás, Kátia afirma que ela já visitou 100 municípios goianos e a intenção é de percorrer todos os 246 até março. “Queremos ampliar a bancada de deputados federais e estaduais para que possamos dar sustentação ao projeto popular do Lula, colocando novamente o povo no poder. Também vamos lançar 500 comitês populares aqui no estado e lutar contra o atual governo de Ronaldo Caiado (União Brasil), tão nocivo quanto o governo federal”, fala.

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Lula sanciona com vetos projeto que muda regras para BPC

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou com vetos o projeto de lei que muda as regras para a concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC). O despacho presidencial prevendo as mudanças foi publicado em edição extra do Diário Oficial, na noite desta sexta-feira, 28.

O texto sancionado prevê biometria obrigatória para novos benefícios e atualização cadastral, no mínimo, a cada dois anos. Também determina a realização de cadastro biométrico para receber e manter aposentadoria e pensão. Atualmente a exigência é válida apenas para o BPC.

Vetos

Um dos vetos feitos pelo presidente, em relação ao texto enviado pelo Congresso Nacional, foi relativo ao artigo 6º, que limitava a concessão do benefício a pessoas que atestavam deficiências de graus médio ou grave. Com o veto, a concessão passa a abranger, também, aqueles que apresentam grau leve de deficiência.

A justificativa do veto, apresentada pelo Planalto, diz que “a proposição legislativa contraria o interesse público, uma vez que poderia trazer insegurança jurídica em relação à concessão de benefícios”.

A derrubada do veto já havia sido acertada no Senado, quando ocorreu a votação do projeto de lei que tratava do BPC. Por meio de um acordo, o governo se comprometeu a vetar o ponto do projeto, que havia sido incluído na Câmara.

Sob justificativa similar, foi vetado também o trecho que revogava regras para reinserção de beneficiários do programa Bolsa Família: “contraria o interesse público, uma vez que poderia suscitar insegurança jurídica em relação às regras de elegibilidade para reingressar no Programa Bolsa Família”, justificou o Planalto.

O benefício, no valor de um salário mínimo mensal, é um direito da pessoa com deficiência e do idoso com 65 anos de idade ou mais, se não tiver condição de se sustentar ou ser sustentado pela sua família.

“No caso da pessoa com deficiência, esta condição tem de ser capaz de lhe causar impedimentos de natureza física, mental, intelectual ou sensorial de longo prazo (com efeitos por pelo menos 2 anos), que a impossibilite de participar de forma plena e efetiva na sociedade, em igualdade de condições com as demais pessoas”, informa o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, em seu site.

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