Temer promete ajuda federal a escolas de samba do Rio de Janeiro

Ao dar posse hoje (25), em Brasília, ao novo ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, o presidente Michel Temer pediu que ele ajude as escolas de samba do Rio de Janeiro. “O carnaval faz parte da cultura e do turismo brasileiro. Ainda há pouco recebi presidentes das escolas de samba que estarão contigo hoje. Ajude-os. É preciso ajudarmos com o apoio do governo”, afirmou.

Antes da posse, dirigentes e integrantes de escolas de samba do grupo especial do Rio de Janeiro se reuniram hoje (25) com Temer e disseram que o presidente sinalizou apoio do governo para que as escolas obtenham recursos para o Carnaval de 2018 após o corte de cerca de R$ 13 milhões feito pela prefeitura do Rio.

O presidente da Estação Primeira de Mangueira, Francisco Carvalho, conhecido como Chiquinho da Mangueira, disse que Temer “garantiu que vai buscar um caminho para ajudar o carnaval do Rio de Janeiro.

“Viemos pedir ao presidente que ele completasse esse corte que foi feito e ele garantiu que o governo federal vai ajudar através dos ministérios da Cultura e do Turismo”, disse o presidente da Mangueira.

De acordo com o carnavalesco e comentarista de carnaval Milton Cunha, os dirigentes e integrantes das escolas de samba do Rio terão reuniões na tarde de hoje nos ministérios da Cultura e do Turismo para discutir o assunto. “Imagine o Rio de Janeiro sem carnaval. A cidade perde seu espírito”, disse Cunha.

Novo ministro

Já empossado, o ministro da Cultura foi questionado sobre o apoio às agremiações cariocas e disse que é preciso avaliar as possibilidades para anunciar qualquer medida. “Vamos analisar com cuidado a situação e ver de que maneira podemos ajudar. O governo brasileiro e o Ministério da Cultura reconhecem a importância do carnaval do Rio de Janeiro e vão fazer o que for possível para que o carnaval aconteça em 2018 com ainda mais força”, disse.

Sá Leitão lembrou que o carnaval carioca tem grande impacto econômico e gera retorno financeiro para a sociedade e o governo.

Cortes no carnaval carioca

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, anunciou que cortaria pela metade os recursos da subvenção destinada às escolas de samba do grupo especial. O corte gerou protestos e a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) chegou a divulgar nota informando que não haveria desfiles em 2018.

De acordo com a prefeitura, as agremiações receberam cerca de R$ 24 milhões para os desfiles de 2017. O valor cortado pela prefeitura seria usado para aumentar o repasse de manutenção de creches conveniadas com o município.

Segundo Chiquinho da Mangueira, os cortes da prefeitura prejudicam a qualidade dos desfiles. “O impacto é muito grande. As escolas fazem um espetáculo que tem o custo de R$ 8 milhões a R$ 10 milhões. Não adianta dizer que o carnaval tem que reduzir o número de componentes, de carros alegóricos. O espetáculo não pode cair a qualidade, tem que ganhar mais qualidade”.

As informações são da Agência Brasil

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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