Putin autoriza envio de militares russos às regiões separatistas da Ucrânia

Em decreto assinado nesta segunda-feira (21), Vladimir Putin autorizou o envio de militares russos sob o pretexto de manter a paz nas regiões separatistas da Ucrânia, ao mesmo tempo em que reconhecia, oficialmente, a independência de Luhansk e Donetsk.

A ação do presidente russo coloca em xeque o processo de paz no leste da Ucrânia, onde separatistas, apoiados por Putin, vivem conflito com as forças do governo local, o que já resultou em cerca de 15 mil mortes.

Uma reunião de emergência

Após o reconhecimento do governo russo, os Estados Unidos pediram, juntamente com seus aliados, reunião de emergência na própria segunda-feira. A solicitação foi feita diretamente ao Conselho de Segurança da ONU, que inclui países como China, Nova Zelândia, Uruguai, Ucrânia e Reino Unido, entre outros.

A solicitação foi feita por diversos países, como França, Reino Unido e Albânia e é baseada em uma carta da Ucrânia à ONU. A presidência rotativa do Conselho, atualmente ocupada pela Rússia, deverá agendar a reunião de emergência.

O reconhecimento russo

O presidente russo, Vladimir Putin, discursou e reconheceu os movimentos populares nas cidades de Donetsk e Luhansk. O discurso, repleto de argumentações históricas citam a Ucrânia como “parte integrante da história russa”, como destacou Putin. Ainda segundo Putin, o regime ucraniano é apenas um “fantoche” guiado pelos Estados Unidos.

Além de apontar o desmantelamento feito no regime da União Soviética, Putin ainda destacou que o fato da Ucrânia entrar para a Otan possa servir como bases para futuros ataques à Rússia.

Na última semana, o Parlamento russo aprovou um pedido para que o presidente russo reconhecesse Donetsk e Luhansk como repúblicas populares dos respectivos lugares do leste ucraniano. Tal ação pelo presidente só veio ocorrer nesta segunda feira (21).

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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