O que é a Otan?: Crise entre Rússia e Ucrânia acende dúvida em brasileiros

A invasão russa na Ucrânia não preocupou apenas os europeus, mas também os brasileiros. Segundo o Google, as buscas brasileiras sobre o conflito, e principalmente como ele pode afetar o Brasil, foram destaque nas últimas 24 horas. Um levantamento obtido pelo G1 indica que uma das perguntas mais buscadas pelos brasileiros é se “O Brasil faz parte da Otan?”.

Além dessa, outras perguntas também incluem a relação do Brasil com o conflito russo-ucraniano, como por exemplo “O Brasil é aliado da Rússia?”,
“O Brasil pode entrar em guerra?” e “Como a guerra da Rússia afeta o Brasil?”.

O que é Otan?

A Otan (sigla que significa Organização do Tratado do Atlântico Norte) é uma aliança criada em 1949, atualmente formada por 30 países. O Brasil, porém, não faz parte da organização. A Otan surgiu no período da chamada Guerra Fria, sob a liderança dos EUA em oposição à extinta União Soviética.

A partir do fim do bloco comunista, em 1991, a organização passou a atuar para zelar pelos interesses econômicos dos membros. Além disso, um dos artigos do tratado da Otan prevê reações contra agressões a seus integrantes. De acordo com o artigo 4, citado pelo secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg, nesta quarta-feira (24), “as Partes consultar-se-ão sempre que, na opinião de qualquer delas, estiver ameaçada a integridade territorial, a independência política ou a segurança de uma das Partes.”

 

 

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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