Mãe que queria colocar fogo no filho em Gouvelândia pode pegar mais de três anos de prisão

A mãe da criança de 11 anos de idade que foi resgatada pelo Conselho Tutelar de Gouvelândia de Goiás, após ser ameaçado de ser queimado vivo pela genitora, de 35 anos, deve responder por abandono de incapaz e ameaça, segundo a delegada responsável pelo caso, Simone Casemiro.

Ao Diário do Estado, a delegada também explicou que a criança já está sob os cuidados da tia materna, que além do garoto, também cria duas crianças da mesma irmã. A mãe do jovem, inclusive, é usuária de drogas, além possuir nove filhos e estar grávida.

“Um dos filhos morreu. Ou seja, hoje ela tem oito filhos que estão com parentes espalhados por ai. Um dos filhos foi recolhido pelo conselho, após escutar que ela colocaria fogo no garoto. Ele foi entregue a tia, que está sendo acompanhada pela assistente social por não ter condições financeiras de cuidar das crianças. O garoto provavelmente deve ser encaminhado para um abrigo. A mãe ainda não foi ouvida, porque estamos esperando o relatório do Conselho Tutelar. Porém, ela vai ser responsabilizada e pode responder por abandono de incapaz  e ameaça”, concluiu.

Entenda o caso

A criança de 11 anos foi resgatada pelo Conselho Tutelar de Gouvelândia de Goiás, após ser ameaçado pela mãe. Segundo o conselho do município, a mulher mandou um áudio ao órgão no último domingo (6), dizendo que não queria mais o filho, pois ele era muito teimoso e não conseguiria educá-lo. A mulher também afirmou no áudio que havia delegado a tutela da criança a sua irmã, tia materna do garoto.

Ao ouvir o áudio, o conselho tutelar entrou em contato com a tia da criança para entender a situação, então ouviu a mãe dizer que colocaria fogo no filho caso ele voltasse. Ao tomar conhecimento da situação, o órgão foi até a residência da criança que não apresentava qualquer lesão e a recolheu.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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