Uso de máscara em lugares abertos deixará de ser obrigatório em Goiás 

A partir de segunda (14), as máscaras serão obrigatórias apenas em locais fechados nos municípios goianos. A desobrigatoriedade foi oficializada hoje, quarta (09), durante reunião entre o Centro de Operações de Emergências (COE) e a Secretaria Estadual de Saúde (SES). Uma nota técnica com detalhes deve ser encaminhada aos prefeitos ainda nesta semana.

A medida vale apenas para cidades com maior parte da população imunizada contra a covid. “Os municípios que tiverem acima de 75% de aplicação da vacina eles poderão liberar em ambiente aberto e posteriormente, a depender da evolução, a tendência é que libere para ambiente fechado também”, anunciou o secretário de saúde Ismael Alexandrino.

A flexibilidade se tornou pauta de discussões no governo estadual em novembro do ano passado, mas a lentidão dos debates e Do aparecimento da variante Ômicron cancelaram  a possibilidade. Com a decisão,  teatros, boates e cinemas devem exigir o acessório no ambiente interno. Goiás segue tendência nacional ao tornar facultativo o uso de máscaras, assim como o estado de São Paulo, que se decidiu hoje a favor da medida. 

O Rio de Janeiro é a única capital brasileira que não exige o item em nenhum espaço. Por lá, a discussão agora gira em torno da desobrigatoriedade do passaporte vacinal. Além da capital carioca, Belo Horizonte, Boa Vista, Distrito Federal, Macapá, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Santa Catarina já haviam flexibilizado o uso.

O assunto ganhou força com a melhora do cenário epidemiológico formado pela queda constante dos índices de hospitalizações e óbitos e ainda dos dados favoráveis de vacinação entre a população, principalmente daquela acima dos 11 anos. O esforço passa a se concentrar entre o público infantil, de 5 a 11 anos. 

Entre as crianças, somente 31,99% já receberam uma dose da vacina no estado, de acordo com o boletim de hoje da SES sobre a covid. O documento traz ainda a informação de que a taxa de letalidade é de 2,16% em Goiás.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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