Goianos encontram centavos ao buscar dinheiro esquecido no banco

Segundo o Banco Central, de todos os brasileiros que têm direito a resgatar dinheiro “esquecido” nos bancos, 42,8% poderão desembolsar, no máximo, R$ 1. Outros 69,7% só pegarão o valor máximo de R$ 10. Apenas 36 mil contas de pessoas físicas, no Brasil todo, têm mais de R$ 10 mil na conta do Programa Valores a Receber, do Banco Central.

Morador de Goiânia, Carlos Augusto de Camargo, de 61 anos, fez a consulta no último dia 10 e enfrentou dificuldades para descobrir quanto tinha em dinheiro “esquecido”. Quando conseguiu consultar, encontrou o valor R$ 2,79. “Todos os amigos que conheço, que tinham algum dinheiro, encontraram por volta de 1, 2 ou 3 reais e pouco”, comenta. O Fiscal Estadual Agropecuário não criou grandes expectativas, mas esperava um valor maior.

“Pelo oba-oba que o Banco Central fez, imaginei que, no mínimo, uns R$ 200 ou R$ 300. Muito frustrante. Sem falar na dificuldade que o BC impõe para você chegar até este valor”, comenta.

Frustração

Luiz Elias teve dificuldade de concluir o processo no site do Banco Central. (Imagem: Arquivo Pessoal)

O médico veterinário Luiz Elias Bouhid, de 65 anos, imaginou que encontraria o dinheiro advindo de uma previdência privada, mas se deparou com R$ 0,03 na conta. Ele contribuiu com a previdência por algum tempo, até que a empresa faliu. “Esse dinheiro ficou lá e pensei até que estaria no banco e que eu pegaria uma boladinha boa agora. Se eu soubesse que era essa proporção de centavos, não tinha nem entrado. É frustrante porque o governo gasta este dinheiro todo, faz um site desses, um movimento danado, e o brasileiro vai caindo”, comenta.

Como consultar seu dinheiro

Desde segunda-feira (14), as pessoas nascidas entre 1968 e 1983 ou empresas abertas nesse período podem pedir o saque do dinheiro esquecido. O processo é feito no site Valores a Receber, criado pelo Banco Central para a consulta e o agendamento da retirada do saldo.

O Programa está em sua primeira fase. Dos R$ 3,9 bilhões inicialmente previstos pelo BC, foram liberados R$ 3,28 bilhões a 27,3 milhões de pessoas físicas. Os cerca de R$ 620 milhões restantes são para empresas.

 

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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