Gusttavo Lima perde recurso que pedia fim de processo de R$ 20 milhões por autoria da música

O cantor Gusttavo Lima perdeu um recurso que entrou no Superior Tribunal de Justiça (STJ), a fim de encerrar o processo de R$ 20 milhões que envolve a autoria da música “Fora do Comum”, lançada em 2011.

O tramite contra o cantor foi aberto pelo compositor goiano André Luiz Gonçalves da Silva, conhecido como De Lucca, que move ação contra o artista para receber 100% dos direitos autorais da canção – alegando que é o único compositor. Entretanto, Gusttavo nega a acusação e desde 2016 vem lutando na justiça para não pagar o valor.

Por meio de nota, a assessoria de imprensa do sertanejo explicou que a questão enfrentada no STJ diz respeito somente à prescrição do prazo. Ou seja, o ministro Moura Ribeiro do STJ entendeu, em seu despacho na última terça-feira (15), que o processo deve voltar a tramitar na primeira instância do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ).

A defesa do cantor alega ainda que eles escreveram a música em conjunto e que De Lucca recebeu 50% de todo o rendimento proveniente dela.

Justiça

Em junho de 2019, o juiz William Costa Mello decidiu extinguir o processo contra o cantor, alegando que o compositor perdeu o prazo legal para ajuizar a ação, que era de três anos, e usou o artigo da prescrição para solicitar o arquivamento.

Porém, o advogado de De Lucca, Adolfo Kennedy Marques Júnior, entrou com recurso e obteve decisão favorável do desembargador Reinaldo Alves Ferreira, que decidiu cassar a sentença anterior. Nesta época, a defesa de Gusttavo Lima entrou com recurso no STJ, o qual foi negado.

Audiência

Em novembro de 2019, também houve uma audiência de conciliação em relação ao processo. Na época, Gusttavo Lima ofereceu “sem nenhum reconhecimento de culpa” o valor de R$ 50 mil divididos em dez vezes para encerramento do processo, uma vez que o compositor alegou estar passando por dificuldades financeiras. De Lucca não aceitou e, com isso, o processo seguiu tramitando.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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