Empresários goianos são indiciados por extração ilegal de ouro

Grandes empresários goianos foram indiciados por extração de ouro sem autorização legal. A carga de mais de 110 quilos da pedra preciosa foi apreendida em uma aeronave no Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, em 2019. Na época, um funcionário de empresa ligada à extração de minério foi preso em flagrante. A Polícia Federal (PF) concluiu as investigações nesta sexta-feira (25). Ao todo, 15 pessoas foram indiciadas.

Aeronave onde o ouro foi encontrado. / Foto divulgação PF

Investigações

De acordo com a PF, a carga apreendida em 2019 seria enviada para a Itália. Além disso, os investigadores descobriram que o grupo criminoso extraiu, explorou, transportou e comercializou mais de 1,5 toneladas de ouro ilegal extraídos de garimpos ilegais do Mato Grosso, o que equivale atualmente a mais de 457 milhões de reais. O ouro era transportado em aeronaves com notas fiscais falsas.

Banco da aeronave, onde o ouro ficava escondido. / Foto: divulgação PF

Durante as apurações, a polícia cumpriu mais de 24 mandados de busca e apreensão nos Estados de Goiás, Mato Grosso e São Paulo, além do sequestro de duas aeronaves do grupo investigado. Em seguida, os agentes descobriram que os grandes empresários se desfizeram de imóveis de alto valor em Goiânia, na tentativa de despistar os policiais.

No entanto, ao longo dos 2 anos de investigação, foram identificados todos os envolvidos integrantes da organização criminosa. Desde os garimpeiros que retiraram o ouro ilegal, os intermediários que fizeram a pesagem e o beneficiamento do minério e os grandes empresários que adquiriam o ouro e o transportavam em aeronave, além das pessoas que financiavam o grupo para a manutenção dos crimes.

‘Capangas’ onde o ouro era guardado. / Foto divulgação PF

Ao todo, 15 pessoas foram indiciadas pelos crimes de organização criminosa, usurpação de bem da União, extração de ouro sem autorização legal, receptação qualificada, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Os nomes dos envolvidos ainda não foram informados pela Polícia Federal.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp