Mãe vende móveis para pagar alimentação e remédios da filha com deficiência, em Goiânia

Nascimento prematuro e luta pela vida. Essa é a história de Isis Hellenna, de 1 ano e 2 meses. Segundo a mãe da criança, Valéria Pereira dos Reis, de 24 anos, Isis sofre de uma doença degenerativa que tem como característica o atrofiamento dos músculos. Desde que nasceu a bebê luta para se manter viva, além de precisar ficar quatro meses entubada após contrair tuberculose enquanto estava internada em um hospital de Goiânia.
Solteira e sem condições de trabalhar por não ter com quem deixar a filha, Valéria precisou vender todos os móveis de casa para arcar com mais de R$ 3 mil mensais gastos com a alimentação e medicação de Isis. Ela diz que apenas uma lata de leite custa R$ 190 reais, mas que o alimento dura apenas quatro dias.
“Isis nasceu com vários problema de saúde e depois que ela contraiu tuberculose as coisas ficaram ainda mais difíceis. Ela perdeu muito peso durante os oito meses que ficou internada, principalmente no período que contraiu tuberculose. Ela é uma bebê especial”, disse.

Ajuda

Valéria explica que precisa de ajuda já que não tem condições de arcar com a alimentação da filha. Para ela, a sua casa não proporciona o conforto que a Isis precisa, já que há apenas um armário, um fogão sem gás e dois colchões.
“A gente vive em uma casa ruim para ela, sem conforto algum, porque mal consigo comprar o seu leite e pagar o aluguel. Ela precisa de todo cuidado e atenção. A Isis é a minha vida, eu vivo para ela. Porém, as coisas andam difíceis, vivemos com muito pouco. Me esforço ao máximo para que não falte nada para ela, mas preciso de ajuda”, concluiu.
A família pode ser ajudada por meio do PIX (62) 9 9110-9141, no nome de Valéria Pereira dos Reis.

Conselho Tutelar

Na última terça-feira (30), o Conselho Tutelar de Goiânia foi até a casa da mulher após receber uma denúncia de maus-tratos e abandono, mas se deparou com uma situação de vulnerabilidade social. Segundo o conselheiro Valdivino Siqueira, ao chegar ao local situado no setor Balneário Meia Ponte, se deparam com Valeria lutando para criar a filha em condições extremas.
“Recebemos denúncias de que a mãe era usuária de drogas e que agredia a criança. Fomos informados que a residência não tinha móveis, apenas um armário, um fogão sem botijão e dois colchoes no chão. Ao chegarmos na casa, nos deparamos com a criança desnutrida e deitada em um dos colchões, usando uma sonda. A princípio queríamos levar a criança para um abrigo, mas depois de conversar com Valéria, descobrimos que era uma mulher batalhadora e que havia vendido os itens da casa para custear a alimentação e os remédios da filha”, explicou.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp