Assunto do momento, reconhecimento de trisal ainda está distante

Você certamente já leu algo sobre trisal nos últimos meses. O assunto chama atenção por estar ‘em alta’, embora muitos arrisquem dizer que já estiveram em um sem saber. Para quem vive esse tipo de arranjo, o preconceito e as dúvidas são uma rotina. Do outro lado, a sociedade observa curiosa o novo formato de relacionamento que, para especialistas, é uma tendência ainda longe de ser reconhecida pela sociedade e pela legislação brasileira.

Juridicamente, apenas a monogamia vale no Brasil, seja ela para casais homossexuais ou heterossexuais. Fora dos tribunais, outros formatos de relação estão sendo cada vez mais expostos publicamente por quem os vive. A liberdade de estar em um tipo de relacionamento fora do padrão rompendo modelos tradicionais seria uma das explicações para o recente boom de notícias sobre o assunto.

“Hoje, as pessoas têm mais autonomia e têm uma vida mais só, trabalhando muito. Elas buscam relacionamentos mais livres, sem muita cobrança, com o direito de ficar com menino ou menina independentemente de um modelo fixo, sem regras. Apesar disso, a ideia de trisal tem regras definidas e se isso for conversado, definido e trabalhado emocionalmente entre os três é possível que dê certo”, afirma a psicóloga Carolina Ribeiro.

Ela acredita que maior parte da população brasileira tem dificuldades em assimilar essa novidade por se tratar de um país cristão e ser entendida como traição. Essa perspectiva é a mesma do presidente da Comissão de Família da Ordem dos Advogados do Brasil em Goiás (OAB-GO), Christiano Lima. Para o especialista, a população tem o princípio da monogamia norteando a noção de família, o que retarda esse tipo de alteração das leis.

“Para haver alguma mudança nesse sentido é preciso ter uma forte demanda e mobilização social. Esses assuntos mais complexos geralmente chegam  ao Supremo Tribunal Federal, que terá que se manifestar e decidir. Um fato semelhante a esse foi o que aconteceu quando Supremo reconheceu a união estável homoafetiva e depois determinou a aplicação desse princípio ao casamento em 2011. Creio que no caso dos trisais teremos algo parecido”, explica.

O advogado vislumbra os reflexos desse modelo de relacionamento em possíveis imbróglios jurídicos. Ele acredita que haverá muitos problemas em questões sucessórias para o integrante que não é casado e para filhos não registrados pelos três na chamada de multiparentalidade. Além desse aspecto, a regulamentação pode trazer alterações profundas em relação a aspectos previdenciários e do direito familiarista em geral. 

Sucesso

Um dos primeiros casos de maior repercussão foi o de um trisal do Tocantins no qual uma das esposas é goiana. Na semana passada, outro trisal chamou atenção por anunciar que uma das mulheres deu à luz e que registrariam a criança com o nome das duas mães e do pai. Pela internet, uma busca rápida por “trisal” gera vários resultados. Em mídias sociais, os trisais fazem sucesso com perfis para compartilhar a rotina conjugal e também com alguns voltados a fazer pessoas interessadas nesse modelo se encontrarem.

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Empresário morre após acidente com cavalo em Pirenópolis

Um empresário de 39 anos faleceu após cair de um cavalo e ser arrastado pelo animal na zona rural de Pirenópolis, região central de Goiás. O acidente aconteceu na manhã da última segunda-feira, 23, no povoado de Caxambú. Bruno Carvalho Mendonça foi levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu na quarta-feira, 25.

De acordo com a Polícia Militar, testemunhas relataram que Bruno saiu para cavalgar por volta das 8h e sofreu a queda algumas horas depois. Ele ficou preso ao cavalo e foi arrastado até a sede de uma fazenda, onde foi encontrado inconsciente e apresentando sinais de convulsão.

Ferimentos graves
O Corpo de Bombeiros foi acionado e realizou os primeiros socorros no local. Bruno foi levado inicialmente para uma unidade de saúde em Anápolis, onde foi constatado que ele apresentava ferimentos graves e queimaduras provocadas pelo atrito com o solo.

Posteriormente, o empresário foi transferido em estado grave para o Hospital Santa Mônica, em Aparecida de Goiânia, mas não resistiu aos ferimentos.

O caso foi registrado como queda acidental, mas será investigado pela Polícia Civil para esclarecer as circunstâncias do ocorrido.

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