A LiBra tem tudo para ser um divisor de águas no futebol nacional. Na manhã desta terça-feira (3), a maior parte dos integrantes da Série A do Campeonato Brasileiro, além de algumas equipes da Série B, participou de uma reunião a fim de iniciar o desenvolvimento de um novo torneio para substituir o Brasileirão. A intenção é que a liga tenha participação dos clubes na criação, sem interferência direta da CBF.
A LiBra é o futuro?
A ideia da LiBra não é algo recente. Em 2016, alguns times organizaram a Primeira Liga, devido ao desagrado com o formato e a arrecadação dos estaduais. O torneio teve apenas duas edições antes de ser descontinuado, mas o projeto de estabelecer uma liga própria com organização dos clubes persistiu.
Nos últimos meses, o vislumbre de uma competição nos moldes dos principais campeonatos nacionais da Europa atraiu investidores no Brasil. Aqueles responsáveis pela manutenção da La Liga, da Espanha, demonstraram interesse. No momento, a Codajas Sports Kapital e o Banco BTG Pactual formularam os documentos em análise.
Na reunião desta terça, estiveram presentes os representantes dos seguintes clubes da Série A: América-MG, Atlético-GO, Atlético-MG, Athletico-PR, Botafogo, Ceará, Corinthians, Coritiba, Flamengo, Fortaleza, Fluminense, Goiás, Internacional, Palmeiras, Red Bull Bragantino, Santos e São Paulo.
Da primeira divisão, somente o Cuiabá e o Juventude não enviaram ninguém. Entre aqueles da Série B, Cruzeiro, Guarani, Ponte Preta e Vasco marcaram presença.
Os cinco paulistas da elite, mais o Flamengo, assinaram um documento que encaminha a criação da LiBras. O Cruzeiro também assinou. Os demais optaram por não fechar nenhum tipo de acordo. A principal justificativa é a divisão de cotas televisivas.
Enquanto aqueles que assinaram o documento propuseram 40% de valor fixo, 30% por desempenho na tabela e 30% por audiência, a maior parte das equipes da elite prefere uma divisão de 50, 25 e 25, respectivamente. O Atlético-GO e o Goiás fazem parte desse último grupo, com o nome de “Forte Futebol”, que tem liderança do Atlético-MG.
Embora a maioria dos clubes não tenha concordado com a divisão de cotas atual, todos têm interesse no desenvolvimento da liga. No próximo dia 12 haverá uma nova reunião, e a expectativa é de que todas as 40 agremiações das Séries A e B enviem representantes.