Conheça os deputados goianos que apoiaram a votação da cobrança de mensalidade em universidades públicas

Cinco deputados federais goianos apoiaram a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê cobrança de mensalidade em universidades públicas. Eles assinaram requerimento para apresentação do texto aos demais parlamentares da Câmara dos Deputados. O projeto foi criado em 2019 e seria votado na última terça (24), mas teve apreciação adiada sem data definida.

Os integrantes da bancada goiana que aprovaram a ideia foram Célio Silveira (PSDB), Dr. Zacharias Calil (DEM), Elias Vaz (PSB), João Campos (Republicanos) e Lucas Vergílio (Solidariedade). Após a repercussão negativa do tema e iminência de apreciação do texto pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, o pessebista solicitou a retirada de seu nome da lista formada por 177 deputados.

“Segundo o relatório de conferência de assinaturas, consta meu nome como tendo assinado o apoiamento. Esse fato me causou estranheza, visto que minha opinião pública sobre o tema é conhecida por todos contrária a essa posição”, argumentou Vaz no requerimento enviado ao presidente da Casa, Arthur Lira. Nenhum dos demais assinantes comentou o assunto nas redes sociais ou pediu a retirada da assinatura da PEC, que precisa de um mínimo de 171 assinaturas para entrar em tramitação. 

A proposta deve ser engavetada, ao menos por enquanto. A CCJ aprovou a realização de uma audiência pública para avaliar o pagamento de taxa por alunos da graduação das instituições de ensino superior com condições financeiras. A medida foi adotada antes da realização de uma votação sobre a PEC.

A União Nacional dos Estudantes (UNE) vem se manifestando contra o fim da gratuidade universal. Para eles,  a possibilidade é inaceitável. “Nós lutamos há décadas para que a universidade tivesse a cara do povo, e como retrocesso primeiro atacaram as escolas com o ensino domiciliar, agora querem atacar as universidades”, alegam.

“Distorções gravíssimas”

O deputado general Paternelli (União Brasil-SP) é o autor da proposta com relatoria de Kim Kataguiri. No texto, a justificativa é de que a isenção de taxas promoveria desigualdade social e não prejudicaria os que já acessam os cursos de graduação sem pagar nada. “A gratuidade generalizada, que não considera a renda, gera distorções gravíssimas, fazendo com que os estudantes ricos – que obviamente tiveram uma formação mais sólida na educação básica – ocupem as vagas disponíveis no vestibular em detrimento da população mais carente”, defende o político militar.

Modelo Australiano

Uma alternativa considerada pela deputada federal Tabata do Amaral (PSB-SP) seria a adoção do modelo australiano no qual os estudantes pagam um financiamento quando forem recém-formados. “Enquanto estuda, o aluno não paga nada! Após se formar, só contribui se ultrapassar um limiar de renda. Está desempregado ou recebe um salário baixo: não contribui! Possui um salário alto: contribui”, postou a parlamentar no Twitter. 

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Goiás lidera crescimento econômico nacional com 3,5% em setembro

Goiás se destacou mais uma vez como o líder do crescimento econômico nacional em setembro, com um aumento de 3,5% na variação mensal, comparado ao mês de agosto. Este crescimento é mais de quatro vezes superior à média nacional, que foi de 0,8% no mesmo período. As informações são do Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR), medido pelo Banco Central e analisado pelo Instituto Mauro Borges (IMB).
 
A atividade econômica goiana também apresentou um significativo avanço interanual, com um crescimento de 4,7% em setembro de 2024 em comparação com o mesmo mês do ano anterior. No acumulado em 12 meses, o avanço goiano foi de 3,8%, enquanto no acumulado do ano, entre janeiro e setembro, o crescimento foi de 2,4%.
 
O secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, atribuiu o crescimento observado a investimentos estratégicos e setores em ascensão. “Mais uma vez a economia em Goiás se destaca entre as demais unidades federativas com o índice divulgado. O crescimento observado é fruto de investimentos estratégicos e setores em ascensão que contribuem para o nosso desenvolvimento econômico,” afirmou.
 
O Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR) é um indicador considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) e é utilizado para monitorar o desempenho da economia em bases mensais. Ele mede a evolução da atividade econômica, considerando dados de setores como indústria, comércio e serviços.

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