Saiba diversas formas de dar adeus ao animal de estimação em Goiás

Quando um animalzinho de estimação morre, a sensação é de que um membro da família se foi. Descartar o corpo de forma irregular não é uma opção nesse momento por respeito e por ser proibido pela legislação goianiense. As opções vão do tradicional aterro sanitário, passando pelo enterro e inclui cremação. 

A escolha da universitária Mariana Gramacho foi cremar a ratinha Bolota, que tinha dois anos de idade. Após uma consulta veterinária, ela soube que o bichinho tinha uma doença incurável. O tratamento foi seguido à risca, mas a roedora não resistiu em setembro de 2020. Foi o segundo pet da família que teve o mesmo fim para o corpinho.

“Minha mãe iniciou o costume depois que um gato nosso morreu em um acidente. Como foi muito traumático, a gente teve dificuldade em aceitar o que estava acontecendo. Foi uma forma de nos despedirmos. Hoje temos o costume de colocar um amuleto em cima da caixinha com as cinzas que fica em nossa casa”, afirma.

No entanto, decidir fazer isso demanda recursos financeiros. Gramacho desembolsou R$300, apesar de ter achado o preço elevado. A possibilidade de manter viva na memória a presença de Bolota e a questão ambiental foram os maiores estímulos. Na opinião dela, é uma forma de homenagear a companheira que foi tão importante para ela e a família.

Em Goiás, há pelo menos três crematórios para animais de estimação. No Vale do Cerrado, em Goiânia, o serviço custa R$734, pode ser parcelado e inclui urnas mortuárias especiais e utilização de sala de despedida. Em Anápolis, o mesmo pacote na Diamante Pet pode ser contratado a partir de R$750, em Valparaíso, no entorno de Brasília, o preço da Pet Garden começa em R$ 400. O sepultamento tradicional é oferecido pelas mesmas empresas, incluindo o Memorial Jardim dos Animais, na cidade de Águas Lindas, com exceção da Diamante Pet.

A única alternativa gratuita é a coleta de animais de pequeno, médio e grande porte pela Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). Nesse caso, o tutor precisa levar o corpo até o aterro sanitário municipal para que seja descartado corretamente. Se preferir que uma equipe recolha o bichinho, um boleto de pagamento é gerado com o valor de R$3,74 por quilo de peso do bichinho, sendo o mínimo de 10 quilos. 

O telefone para acionar o recolhimento do animal de estimação nas residências é (62)3524.3410 e em áreas públicas é (62)3524.8555 ou (62)9.8596.8555.  O descarte irregular gera multa e prejudica o meio ambiente devido ao mau cheiro, entupimento de bocas de lobo e alagamentos.

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Denúncias de violações aos direitos humanos aumentam 22% em um ano

Em 2024, o Disque 100 recebeu mais de 657,2 mil denúncias de violações aos direitos humanos. O número é 22,6% superior ao registrado em 2023, quando o canal do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania foi acionado 536,1 mil vezes.

Segundo o ministério, o total de violações verificadas também aumentou, saltando de 3,4 milhões, em 2023, para 4,3 milhões, em 2024. Cada denúncia pode resultar em mais de tipo de violação.

Entre as infrações mais recorrentes estão a violação à integridade por negligência, com 464,3 mil ocorrências; tortura psíquica (389,3 mil) e a violação à integridade física com exposição de risco à saúde (368,7 mil).

A maioria das vítimas das denúncias é do gênero feminino (372,3 mil), pessoas brancas (261,6 mil), e com idade entre 70 e 74 anos (32,5 mil). Na maioria dos casos, as violações ocorreram na casa da própria vítima e/ou do suspeito (301,4 mil). Entre os grupos mais vulneráveis estão crianças e adolescentes (289,4 mil), pessoas idosas (179,6 mil) e mulheres (111,6 mil).

Apesar da vulnerabilidade, o total de vítimas do gênero feminino foi 2,9% menor que o registrado em 2023. Por outro lado, em 2024, o perfil do agressor mudou: as mulheres (283,1 mil) passaram a liderar o gênero do suspeito de agressão, configurando um aumento de 28,8% em comparação a 2023.

As agressoras ou os agressores são, majoritariamente, da cor branca (172,9 mil) e têm entre 30 e 34 anos de idade (65,8 mil). Em geral, os principais suspeitos de cometerem agressões têm parentesco de primeiro grau com a vítima: mães (160,8 mil), filhos ou filhas (108,8 mil) e pais (49,2 mil).

No topo da lista das unidades federativas com maior número de denúncias estão São Paulo (174,6 mil), Rio de Janeiro (83,1 mil) e Minas Gerais (72,8 mil). Estes estados também respondem pelo maior número de violações de direitos humanos – definidas como qualquer fato que atente ou viole os direitos de uma vítima –, com 1,17 milhão; 562,1 mil; e 490,6 mil, respectivamente.

Disque 100

O Disque Direitos Humanos – Disque 100 é um serviço de utilidade pública. Qualquer pessoa pode comunicar algum fato relacionado a violações de direitos humanos, da qual seja vítima ou tenha conhecimento.

As denúncias podem ser feitas por diferentes plataformas: além das ligações telefônicas gratuitas para o número 100, também é possível mandar mensagem pelo Whatsapp (61) 99611-0100 e pelo Telegram (digitar “direitoshumanosbrasil” na busca do aplicativo).

Pessoas surdas ou com deficiência auditiva podem fazer denúncias por videochamada em Língua Brasileira de Sinais no seguinte site: https://atendelibras.mdh.gov.br/acesso

As denúncias são encaminhadas aos órgãos de proteção e de apuração, como conselhos estaduais, Centros de Referência Especializados de Assistência Social, delegacias, Ministério Público, entre outros.

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