Motociata de Bolsonaro em Orlando desperta preocupação sobre segurança

A viagem de Jair Bolsonaro (PL) aos Estados Unidos, para a IX Cúpula das Américas, vai se estender um pouco mais do que o previsto inicialmente. É que o presidente da República decidiu promover uma motociata, em Orlando, no estado da Flórida, assim como faz repetidamente no Brasil. As informações são do jornal O Globo.

O evento está marcado para acontecer na manhã deste sábado, 11. No ano passado, apoiadores de Bolsonaro chegaram a realizar o ato em Miami, mas, essa será a primeira vez em que o presidente participa de uma moticiata fora do Brasil.

Com isso, a segurança do local e os cuidados têm preocupado o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, conhecido como Itamaraty.

“Não se espera que um chefe de estado de outro país organize uma coisa dessas em uma visita ao seu território”, disse um diplomata ao jornal. Ele também conta que está preocupado com um possível mal estar entre o governo brasileiro e americano.

Além disso, o Itamaraty está pensando nas dificuldades para realizar a segurança do presidente e de seus auxiliares, com problemas tanto para a diplomacia brasileira quanto para os agentes americanos.

Após o ato, Bolsonaro focará nas campanhas que buscam sua reeleição. Ele deve participa de motociatas programadas como em Juiz de Fora (MG) e Palmas (TO).

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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