Em Aparecida, testemunhas de assassinato de cabeleleira são ouvidas

As testemunhas do assassinato da cabeleireira Jandalira Maria Edivigens de Novaes, de 49 anos, que ocorreu no domingo, 19, no Jardim Ipanema, em Aparecida de Goiânia, devem ser ouvidas ainda nesta terça-feira, 21, pelo delegado Rogério Bicalho, responsável pela investigação. Rogério, inclusive, afirmou que após ouvir as testemunhas irá pedir a prisão do ex-marido da vítima, Nerislei Alves, de 43 anos, pai da filha de Jandalira, de 1 ano e 11 meses e principal suspeito de matar a mulher.

A cabeleira estava em um almoço de família quando foi atingida com mais de dez facadas no queixo, tórax, abdômen e braço. Ela chegou a ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros e levada para o Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia Cairo Louzada (Heapa). Porém, não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade de saúde. O motivo do crime, segundo a irmã da vítima, Eleni Maria de Novaes, seria o fim da relação do casal, no qual, Nerislei não aceitava.

“Todos nós estamos muito abalados. Minha irmã era uma pessoa cheia de sonhos, trabalhadora e dedicada. Não merecia isso. Antes dela ser morta, a neném foi tirada do seu colo pela minha outra irmã para que ela falasse com ele. Nisso, quando minha irmã deixou a bebê dentro e voltou, ela já ouviu os gritos de socorro. O Nerislei já tinha golpeado ela com a faca. Agora, a neném está sentindo falta da mãe”, disse.

Relação conturbada

O casal teve uma relação de união estável que durou três anos, mas que foi marcada por ciúmes e agressões. Eleni diz que a irmã tinha uma medida protetiva contra o suspeito, que já possuía um histórico de ser agressivo. Depois do crime, Nerislei fugiu de moto, mas a faca utilizada no crime foi apreendida pela Polícia Militar (PM).

“Ele tem vários perfis nas redes sociais, já a minha irmã não tinha nada. Ele excluiu tudo. Todo meio de comunicação e redes sociais, ele proibiu ela de ter por ciúmes”, concluiu.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos