Pastor goiano disse em entrevista que cooperou para aproximar prefeitos ao MEC

O pastor goiano Gilmar Santos, que foi alvo de operação da Polícia Federal (PF), relatou em uma entrevista, no dia 9 de abril de 2021, que cooperou para fazer a aproximação entre prefeitos e o ex-ministro da Educação (MEC) Milton Ribeiro, preso na última quarta-feira, 22, pela PF suspeito de tráfico de influencia e corrupção. Esse papel teria sido desempenhado quando Milton estava à frente da pasta. O ex-chefe do MEC também participou da entrevista a uma emissora de televisão a convite de Gilmar.

“A nossa pequeníssima cooperação em aproximá-los do ministro [Milton Ribeiro] e de sua equipe técnica me deixou realizado por ver que eles saíram de lá com brilhos nos olhos, entendendo que há recursos à disposição para seu município e eles dependiam só de orientações”, detalhou o pastor na época.

O pastor Gilmar, que é presidente nacional da Assembleia de Deus Cristo para Todos, contou que os prefeitos de municípios do interior precisavam de uma aproximação com o ministério e dos treinamentos que a pasta oferecia, para descobrirem que “o MEC é deles”.

Ainda na entrevista, o então ministro Milton Ribeiro, chegou a falar que tinha medo de lobistas e que a intenção de fazer reuniões com prefeitos era para dar ciência de toda a estrutura que o MEC tinha de financiamento de obras, escolas e ônibus.

“Como não sou político, tenho medo de lobistas, de intermediários. Quero levar os prefeitos diretos à fonte”, comentou Ribeiro.

Prisão

Tanto Gilmar quando Milton foram liberados está semana após audiência de custódia. Em sua rede social, o pastor disse que é inocente e que a prisão foi ilegal. Além de Gilmar Santos, o pastor goiano, Arilton Moura, o ex-assessor da Prefeitura de Goiânia, Helder Barbosa, e o ex-gerente de projetos da Secretaria Executiva do Ministério da Educação (MEC), Luciano Musse, também são investigados por atuar informalmente junto a prefeitos para a liberação de recursos do MEC. Porém, todos negam os crimes.

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Funcionário furta R$ 1,5 milhão de banco no ES e tenta fugir para o Uruguai

Um funcionário do Banco do Brasil no Espírito Santo foi flagrado pelas câmeras de segurança furtando R$ 1,5 milhão da tesouraria da agência Estilo, localizada na Praia do Canto, em Vitória. O crime ocorreu no dia 14 de novembro, quando Eduardo Barbosa Oliveira, concursado há 12 anos, deixou o local carregando o dinheiro em uma caixa de papelão por volta das 17h.

De acordo com a Polícia Civil, o furto foi planejado por Eduardo e sua esposa, Paloma Duarte Tolentino, de 29 anos. A dupla chegou a alterar a senha do cofre, adquiriu um carro para a fuga e embalou objetos pessoais, sugerindo uma mudança iminente.

Após o crime, os dois tentaram fugir percorrendo mais de 2.200 quilômetros até Santa Cruz, no Rio Grande do Sul, com o objetivo de cruzar a fronteira com o Uruguai. Contudo, foram presos no dia 18 de novembro graças à colaboração entre a polícia e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Compra do carro com dinheiro furtado

Durante as investigações, a polícia descobriu que Paloma esteve na agência no dia do furto para depositar R$ 74 mil, parte do valor roubado, e utilizou esse dinheiro para comprar o veículo usado na fuga. Com as informações obtidas na concessionária, as autoridades identificaram o carro e conseguiram localizar o casal, prendendo-os no mesmo dia.

O caso foi denunciado pelo próprio Banco do Brasil após perceber a ausência do montante em seus cofres.

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