Bolsonaro é condenado a indenizar jornalista por insinuação sexual

Conforme a corrida presidencial se aproxima, o presidente Jair Bolsonaro (PL) vêm se envolvendo em novas polêmicas, além de processos. Nesta quarta-feira, 29, por exemplo, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) condenou o chefe do executivo federal, a indenizar a jornalista Patrícia Campos Mello, do jornal Folha de S. Paulo, em R$ 35 mil por insinuação sexual. Bolsonaro já havia sido condenado em primeira instância.

Na decisão desta quarta, a Justiça manteve a condenação e aumentou o valor da indenização, antes fixada em R$ 20 mil. Votaram a favor da jornalista a relatora Clara Maria Araújo Xavier e os desembargadores Pedro de Alcântara, Silvério da Silva e Theodureto Camargo, conforme o jornal paulista. O desembargador Salles Rossi, entretanto, acatou a tese da defesa de Bolsonaro e votou contra a condenação. Porém, o placar final ficou em 4 votos a 1, a favor da jornalista.

Acusação

A decisão em questão se refere a um processo ocorrido em 2020, depois que Patrícia publicou uma reportagem, em 2018, revelando que empresários compraram disparos de mensagens em massa a favor do então candidato durante as eleições presidenciais.

Ao comentar a investigação da jornalista, o presidente disse que ela ”’queria dar o furo”, jargão jornalístico que diz respeito a informação exclusiva, para fazer uma insinuação sexual. No final de semana, a jornalista publicou uma mensagem em uma rede social sobre o julgamento desta quarta.

”Na semana que vem, o Tribunal de Justiça de SP vai decidir se é aceitável que o presidente da República insinue que uma jornalista troca sexo anal por informação. A ofensa de Bolsonaro, ocorrida em frente ao Alvorada, foi postada por ele em redes sociais e vista por milhares”, escreveu.

Na manhã desta quarta, Patrícia usou novamente as redes sociais para divulgar a decisão.

”’Ganhamos!!! Por 4×1, o TJ de SP decidiu que não é aceitável um presidente da República ofender, usando insinuação sexual, uma jornalista. Uma vitória de todas nós mulheres”, contou na publicação.

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MP denuncia 20 torcedores do Palmeiras por emboscada

Nesta quarta-feira, 18, o Ministério Público denunciou 20 integrantes da torcida organizada Mancha Alvi Verde, do Palmeiras, que estariam envolvidas no ataque a dois ônibus de torcedores do Cruzeiro. A emboscada, como a Polícia Civil tem chamado o episódio, aconteceu no dia 27 de novembro na Rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, na Grande São Paulo, e resultou na morte de um integrante da torcida Máfia Azul, do Cruzeiro.

A morte de José Vitor Miranda dos Santos, informou o Ministério Público, foi causada por traumatismo cranioencefálico, em decorrência de golpes desferidos com instrumento contundente.

De acordo com o Ministério Público, os torcedores que foram denunciados hoje assumiram “o risco de resultado homicida, por motivo torpe, com emprego de meio cruel e de meio que possa resultar em perigo comum, e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima”. Por isso, os membros do Ministério Público solicitaram a prisão preventiva de todos os denunciados, argumentando que “soltos, os denunciados sem dúvida irão planejar novos delitos em face de torcedores do clube rival, colocando toda a sociedade em risco”.

O ataque ocorreu quando os torcedores mineiros retornavam para Belo Horizonte, após jogo contra o Athletico Paranaense, em Curitiba. Na ocasião, um dos ônibus com torcedores do Cruzeiro foi incendiado e, o outro, depredado. Além do torcedor que morreu, outros ficaram feridos. Segundo a polícia, barras de ferro, pedaços de madeira, fogos de artifício e rojões foram apreendidos no local.

Até agora, 15 pessoas suspeitas de envolvimento na emboscada já foram presas pela polícia.

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