Repórter do jornal Metrópoles foi ameaçado de morte por um homem que se apresentou como integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC). A vítima seria mais uma de um golpe aplicado com ameaças de morte que não ocorreriam somente mediante o pagamento em dinheiro aos estelionatários. Em uma gravação telefônica, o bandido afirma ser “Mazinho”, um suposto membro da facção assassinado em julho de 2020 em São Paulo.
“Tua foto tá rolando no grupo da facção como talarico, parceiro. Falasse com a Juliana e o marido dela não gostou não, tá ligado. Pagou foi R$ 2 mil pra nóis matar tu. Dá uma visão guardar essa cambiada ai, parceiro”, afirma durante a tentativa de golpe.
A gíria talarico se refere a homens que tem envolvimento sexual com mulheres casadas. O bandido completa a ameaça afirmando que quer resolver a situação da “melhor forma”. Em um momento da conversa, o bandido afirma saber onde o repórter mora e o matariam numa simulação de acidente de carro.
O veículo teria sido alugado por R$ 1 mil e a situação se resolveria caso a vítima devolvesse esse valor por PIX. A chave é de uma pessoa de Recife, capital pernambucana. As polícias de vários estados têm recebido denúncias desse tipo de crime. O modus operandi é sempre ameaça e fixação de valor a ser enviado para o golpista. O caso foi registrado na delegacia.
Neste ano, outro golpe se alastrou pelo País, mas o Comando Vermelho seria o articulador. A ferramenta era o whatsapp. Algumas vítimas relataram que eles ameaçavam e intimidavam os usuários exigindo dinheiro. Em um dos áudios, o golpista aparenta impaciência. “Primeiramente, bom dia! Aqui é o representante do Comando Vermelho, eu quero passar a visão para tu aqui e quero que você seja bem clara e transparente”, alertava.
Confira o áudio completo abaixo:
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