Com fim das eleições, preços de itens básicos voltam a subir em Goiânia

O custo de vida da população está mais alto devido ao retorno da alta da inflação após três meses em queda. Banana (19,15%), batata (23,36%) e tomate (17,63%) foram os alimentos que mais encareceram. Parte da explicação da retomada para cima do IPCA está no fim das eleições, que ajudou a estourar a “bolha artificial” de controle dos preços dos combustíveis.

 

Não há tendência de queda, segundo o economista Luiz Carlos Ongaratto. A cesta básica é a melhor referência para entender como o aumento da inflação funciona na prática. Atualmente, 60% de um salário mínimo é destinado somente para alimentação de uma pessoa. 

 

O prato de comida está cada vez mais caro, mas mais vazio. A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos do Dieese apontou que  o goianiense pagou 2,59% a mais pela cesta básica de alimentos entre setembro e outubro. A alta foi constatada em outras 11 capitais brasileiras.

 

Estratégias como a manutenção do Auxílio Brasil no governo Lula podem ajudar as famílias mais pobres a enfrentarem o desemprego, queda do poder aquisitivo e a fome. Ele credita o aumento de preços dos alimentos também à sazonalidade dos produtos e a conflitos internacionais. Uma sugestão é consumir produtos da época, que são mais baratos.

 

“Os desafios econômicos de Lula e do Banco Central são o controle da inflação, retomada do poder aquisitivo da classe média e baixa, combate à desigualdade social, melhoria da renda e emprego de valor agregado, incentivo ao micro e pequeno empresário e produtores para aumentar oferta de alimentos no dia a dia”, pontua.

 

Ele lembra que a produção de alimentos, como hortaliças e verduras, vem principalmente da agricultura familiar, por isso defende incentivo a essa categoria. Ongaratto acrescenta que a atração de investimentos também deve estar na pauta do próximo governo. O economista destaca a importância de retomar o diálogos com a parcela estrangeira de empresários que havia se distanciados dos negócios com o Brasil, o que impacta na taxa de juros com efeito rebote ao consumidor.

 

O vestuário, saúde e transportes entram na cesta de altas. “A deflação que estava acontecendo foi puxada pelos transportes e pela limitação do ICMS pelos estados sobre os combustíveis. Não era exatamente uma queda de preço. Em outros segmentos, a alta acumulado neste ano é muito maior do que a média dos últimos 12 meses e bem acima da meta prevista pelo Banco Central”, completa.

 

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Início do Verão: O que esperar nas previsões climáticas?

O verão no Hemisfério Sul iniciou neste sábado, 21, às 6h20 (horário de Brasília), trazendo mudanças rápidas nas condições do tempo. Caracterizado por chuvas intensas e ventos fortes, este período também marca os dias mais longos e temperaturas elevadas em todo o país.

Segundo o Prognóstico Climático de Verão divulgado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o fenômeno La Niña terá uma duração mais curta nesta estação. A probabilidade de prevalecimento dessas condições é de 60% entre janeiro e março, caindo progressivamente para 40% entre fevereiro e abril de 2025. A meteorologista do Inmet, Maytê Coutinho, explica que as previsões climáticas indicam o predomínio de chuvas abaixo da média climatológica em grande parte do país.

Regiões afetadas pelas previsões

A região Norte é uma exceção, com previsão de chuvas acima da média. No Nordeste, o total de chuvas entre janeiro e março deverá ser menor. Nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, as chuvas devem ficar entre o normal e abaixo da média. “Mesmo com a previsão de chuvas abaixo da média, no noroeste do Nordeste podem ocorrer chuvas mais volumosas em alguns períodos”, pondera Maytê Coutinho.

Na região Sul, onde os volumes de chuvas são naturalmente menores nesta época do ano, as chuvas devem permanecer na faixa normal ou abaixo do normal. No Rio Grande do Sul, a previsão é de chuvas no extremo sul do estado inferiores a 400 milímetros.

Condições oceânicas e zona de convergência intertropical

As águas mais quentes no Atlântico Tropical Norte e mais frias no Atlântico Tropical Sul formam condições para a manutenção da Zona de Convergência Intertropical atuando ao norte da sua posição média climatológica. Essas condições podem impactar atividades econômicas como a agropecuária, a geração de energia por meio de hidrelétricas e a reposição hídrica para manutenção dos reservatórios de abastecimento de água em níveis satisfatórios.

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