Goiânia é uma das seis capitais brasileiras que autorizam fogos somente silenciosos

As confraternizações de fim de ano são marcadas por diversos itens, incluindo uso de fogos de artifícios. Na capital goiana, uma lei municipal permite o emprego dos explosivos apenas na modalidade silenciosa. Entre a capitais brasileiras, apenas outras cinco adotaram a medida: Macapá, Campo Grande, Goiânia, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre. 

Polêmico, o recurso visual emite ruídos muito altos e assustam ou mesmo prejudicam a audição de bebês e animais. Um artigo publicado em 2018 apresentou algumas evidências dos danos causados em crianças com autismo, marcado por hipersensibilidade sensorial de algumas pessoas nessas condições.

O termo “silencioso” é considerado errôneo por especialistas. Segundo eles, ainda não existe uma tecnologia que elimine completamente os ruídos porque é fisicamente impossível. O termo ideal é baixo ruído.

Em Goiânia, o projeto de lei que proíbe os fogos barulhentos é de 2019. A restrição vale para “recintos abertos ou fechados, em áreas públicas ou locais privados, a utilização de fogos de artifício e artefatos pirotécnicos na cidade” para “conter a utilização de artefatos que causem poluição sonora, através de estouros, estampidos e outros. Entre eles, fogos de artifício, bombas, morteiros, busca-pés e outros.”

A punição, de acordo com o texto, é apreensão dos artefatos e multa de dez salários mínimos, podendo ser dobrada em caso de reincidência. O dinheiro arrecadado é investido em benefício de programas e ações relacionadas ao bem estar animal.

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Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

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