Em Goiás, entregadores por app temem impacto com saída da 99Food do mercado

O fim da operação da 99Food reduz a opção de fonte de renda de cerca de 8,5 trabalhadores que atuam em Goiás, sendo 3 mil apenas em Goiânia, e pode gerar monopólio do mercado de entrega de comida. A operadora  de app seguiu a decisão da Uber, que em 2019 interrompeu o serviço da Uber Eats no Brasil, e decidiu investir no chamado marketplace – plataforma que reúne empresas que comercializam pratos e lanches. A interrupção da atividade será em 28 de fevereiro.

 

“Vai prejudicar os profissionais que estão vivendo do aplicativo de entregas. A questão do monopólio também é uma preocupação porque o IFood vai predominar na cidade. É um prejuízo enorme. Além disso,os estabelecimentos terão que contratar de forma individual e particular seus entregadores”, afirma representante dos profissionais por app de Goiás, Miguel Veloso.

 

O anúncio pode estar relacionado à concorrência com coma  gigante iFood, que tem espaço em todo o País, e coincide com a possibilidade de regulação do trabalho em app’s dentro do governo Lula. O grupo de motoristas defende a intervenção estatal. A expectativa é que não o vínculo, mas a relação de trabalho ganhe amparo jurídico-legal. Uma das propostas é conceder direitos trabalhistas equiparando com as pessoas regidas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 

 

“Ele ganhou falando que iria ajudar os motoristas de aplicativo, que não estão no rol de atividades do Ministério do Trabalho. Por isso as empresas fazem o que fazem, porque não tem leis suficientes que possam ajudar esse público tanto de carro quanto de moto. Nossa esperança é que o Lula nos ajude.

 

A rotina longa e extenuante de trabalho sem pontos de apoio, alta de custos como o dos combustíveis, além do risco fazem parte da rotina de muitos goianos e goianas que dependem das entregas de comida para sustentarem as suas famílias. “O pagamento é feito conforme a distância do local de entrega. O valor mínimo pago era de R$ 3,50, uma taxa muito baixa, então a pessoa tem que trabalhar muito para compensar, de 12 a 16 horas por dia, porque também  tem a taxa do app”, explica Miguel.

 

A Aliança dos Entregadores de Aplicativos está orquestrando uma paralisação da categoria em 25 de janeiro. Até o momento, trabalhadores de  Brasília, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo confirmaram participação. Eles querem participar da articulação de regulação do setor junto ao governo federal.

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Ex-marqueteiro de Milei é indiciado pela PF por tentativa de golpe

Fernando Cerimedo, um influenciador argentino e ex-estrategista do presidente argentino Javier Milei, é o único estrangeiro na lista de 37 pessoas indiciadas pela Polícia Federal (PF) por sua suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado no Brasil. Essas indecisões foram anunciadas na quinta-feira, 21 de novembro.

Cerimedo é aliado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e teria atuado no ‘Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral’, um dos grupos identificados pelas investigações. Além dele, outras 36 pessoas foram indiciadas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta seu terceiro indiciamento em 2024.

Em 2022, o influenciador foi uma das vozes nas redes sociais que espalhou notícias falsas informando que a votação havia sido fraudada e que, na verdade, Bolsonaro teria vencido Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas.

Além disso, ele também foi responsável por divulgar um ‘dossiê’ com um conjunto de informações falsas sobre eleições no país. Em vídeos, ele disse que algumas urnas fabricadas antes de 2020 teriam dois programas rodando juntos, indicando que elas poderiam ter falhas durante a contagem de votos.

Investigações

As investigações, que duraram quase dois anos, envolveram quebras de sigilos telemático, telefônico, bancário e fiscal, além de colaboração premiada, buscas e apreensões. A PF identificou vários núcleos dentro do grupo golpista, como o ‘Núcleo Responsável por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe de Estado’, ‘Núcleo Jurídico’, ‘Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas’, ‘Núcleo de Inteligência Paralela’ e ‘Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas’.

Os indiciados responderão pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. A lista inclui 25 militares, entre eles os generais Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, todos ex-ministros de Jair Bolsonaro. O salário desses militares, que variam de R$ 10.027,26 a R$ 37.988,22, custa à União R$ 675 mil por mês, totalizando R$ 8,78 milhões por ano.

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