Cabo se rompe, ponte cai e seis pessoas estão desaparecidas entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul

ponte

Uma ponte caiu com cerca de 50 pessoas e seis estão desaparecidas desde a madrugada desta segunda, 20. A estrutura sobre um rio entre Passo de Torres, em Santa Catarina, e Torres, no Rio Grande do Sul, tinha limite máximo para travessia de apenas 20 pedestres e ciclistas. Bombeiros estão fazendo buscas na região.

 

De acordo com relatos, um grupo de cerca de 100 foliões retornavam das comemorações de carnaval no lado catarinense, quando um cabo do lado direito da ponte pênsil se rompeu. Outras versões sugerem que eram 50. Ainda não há confirmação se todos os desaparecidos estavam na ponte, mas nenhum deles voltou para casa até o início da tarde de hoje.

 

“O CBM-SC [Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina] pede para que as pessoas que tiverem familiares desaparecidos e que possivelmente estariam no local, busquem as forças de segurança informando o desaparecimento. Assim as buscas por vítimas serão feitas de forma mais concreta”, detalhou a corporação.

 

Os bombeiros afirmam que grande parte das vítimas que caiu com a ponte conseguiu nadar e salvar. Os feridos resgatados foram levados para hospitais na região.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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