Aquela tradição da família toda reunida na mesa para fazer a refeição é cada vez mais raro. Seja por causa do estudo, trabalho ou até mesmo de algum entretenimento, o momento dedicado à alimentação tem sido dividido com outras obrigações. O problema é que muitas vezes o celular, a televisão e o computador podem roubar não somente a atenção na hora de comer, mas também comprometer a saúde.
A nutricionista e docente do curso de Nutrição da Estácio, Monique Nogueira, não recomenda dividir a atenção na hora de comer. Segundo ela, ao comer sem prestar atenção, o organismo perde a sensibilidade sobre a fome e a saciedade.
“O ideal é, na hora de comer, dedicar tempo, atenção e um espaço adequado a essa atividade. Não é recomendado comer assistindo televisão, atento às redes sociais ou em meio às atividades do trabalho. Precisamos resgatar bons hábitos para ter uma digestão de qualidade”, explica Monique.
A nutricionista também alerta que, quando se come olhando para as telas, é maior a probabilidade de exagerar nas calorias, facilitando o ganho de peso ou o surgimento de doenças ligadas ao alto consumo de colesterol e à ingestão de açúcar.
Outra consequência da distração durante as refeições pode ser a sobrecarga do estômago, por conta da mastigação inadequada. O quadro pode gerar indigestão, dores na região da barriga e levar a problemas gastrointestinais mais sérios. A boa notícia é que todos esses incômodos podem ser facilmente evitados, caso o momento das refeições seja priorizado. “Comer precisa ser um hábito desvencilhado de outros afazeres”, orienta a nutricionista.
Bons hábitos vêm desde cedo
Envoltas em diversas distrações e tecnologias, as crianças são especialmente suscetíveis à distração na hora da comida. Os bons hábitos devem ser ensinados desde cedo. “É importante passar essas orientações desde a primeira infância, no momento da introdução alimentar. É nesse instante em que são apresentados os alimentos que podemos acrescentar ensinamentos construtivos e os bons hábitos, afastando essas crianças do celular, tablet, televisão e outros dispositivos similares na hora da alimentação”, orienta Monique.