Professores de Senador Canedo anunciam nova paralisação nesta terça, 28

Professores de Senador Canedo anunciam nova paralisação nesta terça, 28

Os professores da rede municipal de Senador Canedo anunciaram uma nova paralisação nesta terça-feira, 28. O setor de educação no município vem sofrendo com falta de apoio para pessoas portadoras de deficiência, problemas na infraestrutura e na distribuição de merendas, além do não cumprimento do piso salarial de 2023.

A situação do ensino em Senador Canedo

No último dia 15 de fevereiro, a classe de servidores promoveu uma paralisação geral na busca por valorização e melhorias. Uma das pessoas afetadas na crise da educação em Senador Canedo é Jaqueline, mãe de um aluno de oito anos de idade que estuda na Escola Municipal Aracy Amaral, no Conjunto Morada do Morro.

“Nada a reclamar da coordenação da escola, da professora, mas sim da prefeitura que não está dando o apoio que precisa em sala de aula. Meu filho tem TDAH (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade) e TOD (transtorno de oposição desafiante) e não consegue acompanhar a turma”, diz Jaqueline em entrevista à rádio Cidade FM.

Com isso, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Senador Canedo, na qualidade de representante legal dos Servidores Públicos Ativos e Inativos, por meio do presidente João Batista Vaz, enviou um ofício à prefeitura de Fernando Pellozo informando a respeito da paralisação, que será nesta terça, 28, a partir das 9h, na Praça Criativa Central.

As demandas da paralisação são as seguintes: aumento de 15% sobre o Salário Base dos servidores administrativos, IPCA de 5,79%, piso nacional dos professores de 14,95% e PCVV – da Educação.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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