Bandeira de balão cai e pega fogo sobre escola infantil no interior de São Paulo

balão

Os alunos de uma escola infantil tiveram de ser retirados às pressas após a bandeira de um balão de ar quente cair sobre o prédio e pega fogo. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas os funcionários já haviam conseguido controlar as chamas quando os militares chegaram ao local na cidade de Campinas, no interior de São Paulo. Ninguém ficou ferido.

 

Testemunhas gravaram a queda sobre o colégio e a movimentação de pessoas assustadas pela rua ao lado do colégio. No interior da escola, as crianças saíram pelos fundos da instituição. Apesar do acidente, as aulas foram mantidas. 

 

A bandeira de 20 metros com imagem do rosto de uma mulher ficou sobre o telhado, alcançou a cobertura em tela de uma  quadra de esportes e um campo com grama sintética. Os autores do lançamento do balão chegaram a ir para o local, mas fugiram quando avistaram agentes da Polícia Militar paulista. O objeto continuou sobrevoando a região. 

 

A Lei de Crimes Ambientais descreve como crime as condutas de fabricar, vender ou soltar balões que possam causar incêndios. O objetivo da norma é proteger as florestas e vegetações e ainda evitar riscos para a vida humana, dos animais ou plantas. Além disso, coíbe interrupção no fornecimento de energia elétrica e perdas materiais. 

 

A soltura, apesar de ilegal, é mais comum durante as festas juninas – período em que os incêndios aumentam 30%. De acordo com a legislação, a pena é de multa mínima de R$ 10 mil por balão e prisão de até três anos. No Brasil, aproximadamente 100 mil balões são soltos no País, conforme projeções do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

Assista ao vídeo:

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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