Jogos podem deixar de ser realizados nos estádios do Goiás, Atlético e Vila

O vereador Paulo Magalhães (União Brasil) propôs um projeto de lei que proíbe a realização de partidas de futebol nos estádios do Goiás Serrinha (Hailée Pinheiro), do Vila Nova (Onésio Brasileiro Alvarenga-OBA) e do Atlético Goianiense (Antônio Accioly) em dias úteis.  Se aprovado, o texto terá um grande impacto no meio esportivo da capital. A proibição fica restrita quando a partida de futebol tiver o horário definido antes das 20 horas. 

 

Paulo Magalhães sugeriu que o órgão municipal responsável pelo trânsito na capital tenha a prerrogativa de restringir o estacionamento de veículos nos arredores dos estádios nos dias de jogos de futebol, a fim de assegurar a mobilidade dos cidadãos. Além disso, o projeto estabelece que essa limitação não será aplicada ao estádio Serra Dourada.

 

De acordo com o projeto, a Prefeitura não tem capacidade de alterar o fluxo das vias ou permitir a circulação apenas em uma pista, em decorrência da partida de futebol. “Igualmente a infração ao dispositivo desta lei importará na aplicação de multa no valor de R$ 50 mil por jogo, sem prejuízo de apuração e punição dos responsáveis”, cita o vereador.

 

O vereador utilizou uma série de argumentos na defesa do projeto de lei. Ele justifica que houve um engarrafamento na semana passada na avenida Edmundo Pinheiro, no entorno do Estádio da Serrinha. Magalhães citou que o local estava intransitável por causa do jogo do Goiás pela Copa Sul-americana, apesar de a rua ser a principal via de acesso a instituições importantes da cidade como o Hospital de Urgência de Goiás (Hugo) e à sede da Polícia Federal (PF) de Goiás.  

 

Magalhães sabe que a proposta gera fortes debates entre dirigentes dos clubes, torcedores e mídia esportivas, porém reafirma que a realização de jogos em dias úteis e em horários de maior fluxo de veículos restringe o direito de ir e vir da população. “Bem como causa sério impacto na mobilidade urbana”, completou. 

 

Ele ressalta que a capital possui um estádio que foi criado para proporcionar maior conforto aos torcedores, com uma estrutura para receber o maior público, com amplo estacionamento, acesso facilitado por avenidas largas e baixo impacto aos transeuntes, como o Serra Dourada. “Minha proposta visa, portanto, reduzir o impacto maléfico, caos urbano, constrangimento e violência”, finalizou. 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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