Servidoras são suspeitas de fraudar folhas de ponto para receber hora extra

Servidoras são presas suspeitas de fraudarem folhas de ponto para receber hora extra

Duas servidoras da saúde foram presas suspeitas de fraudar folhas de ponto para receber horas extras de plantão que não fizeram. A dupla foi detida nesta terça-feira, 22, em São Simão, região sudoeste de Goiás, após denúncia da secretária de Saúde da gestão anterior.

Conforme apurado, Adriana Batista é técnica de enfermagem efetiva na prefeitura e Valdirene Soares era enfermeira contratada. A dupla lançava os plantões extras para outros servidores e faturavam com os valores que exigiam de volta. “No esquema todo são mais de 10 pessoas. Nós temos recibos e transferências bancárias que elas receberam. Cada servidor devolvia em média R$ 500 para elas”, detalhou o delegado Márcio Marque.

Não há uma estimativa do total que a duas lucraram, mas a polícia apura que o crime acontecia há cerca de um ano.

Em nota, a advogada de uma das suspeitas informou que tomou conhecimento do teor do procedimento policial nesta quarta-feira, 23, e que medidas judicias serão tomadas para “restabelecer identificar os equívocos que levaram à decisão que acolheu a representação cautelar formulada pela autoridade policial”.

Outros envolvidos

De acordo com o delegado, a polícia apura o envolvimento de outros servidores no esquema responsável por repassar o dinheiro às suspeitas. O inquérito deve ser concluído após análise dos como os pedidos eram feitos e se os funcionários poderiam ou não recursar os pedidos.

“Vamos apurar se era uma coação resistível ou irresistível. Se a coação for irresistível, elas não respondem pelo crime. Se a coação for resistível, elas vão responder pelo crime”, explicou.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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