Senado aprova modificações em projeto que flexibiliza agrotóxicos

O Senado aprovou nesta terça-feira, 28, o substitutivo ao polêmico projeto que flexibiliza o comércio de agrotóxicos no Brasil. O texto vai à sanção presidencial. A votação, que durou menos de meia hora, foi quase unânime. Com apenas um voto contrário, da senadora Zenaide Maia (PSD-RN), a proposta segue agora para a sanção presidencial.

Apelidado por ambientalistas de “pacote do veneno”, a proposta recebeu críticas da população, entidades ambientalistas e defensores da saúde e dos direitos humanos, revogando a atual legislação brasileira de agrotóxicos. “O projeto traz retrocessos inaceitáveis, colocando em risco a saúde da população brasileira”, avalia Mauricio Guetta, assessor jurídico do ISA (Instituto Socioambiental).

Sob a relatoria de Fabiano Contarato (PT-ES), o texto original passou por alterações para mitigar pontos controversos, como a anuência tácita a pesticidas não avaliados dentro de prazos específicos e a dispensa de renovação de análises de risco em substâncias consideradas danosas por organizações internacionais.

A nova versão buscou um meio-termo entre o que pretendiam os ruralistas e aquilo que defendiam os ambientalistas. Com isso, o relator concentrou no Ministério da Agricultura a responsabilidade de registrar os defensivos e atribuiu ao Ministério da Saúde — representado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) — a responsabilidade de apoiar tecnicamente os procedimentos.

O PL está em tramitação no Congresso desde 1999, quando foi apresentado inicialmente pelo ex-ministro da Agricultura e ex-governador de Mato Grosso Blairo Maggi, à época senador da República. O relatório construído por Contarato é avaliado por integrantes da bancada ruralista como não ideal, mas possível.

Entretanto, houve repúdio da Câmara. A deputada Célia Xakriabá (Psol-MG) destacou o impacto do projeto na participação do Brasil na COP28, iniciando nesta quinta-feira, ressaltando que a cada ano um milhão de pessoas ao redor do mundo é intoxicado por agrotóxicos involuntariamente. O projeto retorna à Câmara para possíveis ajustes.

Além disso, o Senado aprovou o projeto de lei do Congresso Nacional que possibilita a entrada da Bolívia no Mercosul, abrindo caminho para que se torne o sexto país no bloco, atualmente formado por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela.

Antes da votação, 249 organizações protocolaram um manifesto pedindo ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o arquivamento do Pacote do Veneno, ressaltando os riscos à saúde e ao meio ambiente associados à sua implementação.

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Black Friday 2024: Dicas e precauções para compras seguras e econômicas

A Black Friday, um dos maiores eventos do calendário varejista, ocorrerá no dia 29 de novembro de 2024, mas as promoções já começaram a ser realizadas ao longo do mês. Em Goiânia, um levantamento da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) indica que este período deve movimentar R$ 250 milhões, com 64% dos entrevistados planejando aproveitar as ofertas.
 
Para evitar a prática conhecida como metade do dobro, quando comerciantes elevam consideravelmente os preços dos produtos antes da data e depois reduzem os valores, ludibriando a população, o Procon Goiás realiza um trabalho prévio de monitoramento de preços. A Lei Estadual 19.607/2017 também obriga os fornecedores a informar o histórico dos preços dos últimos 12 meses. De acordo com o superintendente do órgão, Marco Palmerston, “para evitar as falsas promoções, é preciso se programar com antecedência e pesquisar os preços”.
 
Uma dica valiosa é fazer uma lista do que realmente se pretende comprar e estipular um orçamento. Entrar em uma loja ou site durante a Black Friday é um apelo ao consumo, por isso é crucial ter cuidado. Além disso, é permitido que estabelecimentos pratiquem preços diferentes entre lojas físicas e online, justificada pelos custos operacionais distintos, como aluguel e salários, que impactam os preços nas lojas convencionais. No entanto, a transparência é essencial, e as informações sobre preços devem ser claras e acessíveis ao consumidor.
 
Durante a Black Friday, o volume de compras feitas pela internet aumenta significativamente. Por isso, é importante ter atenção redobrada. Sempre verifique a autenticidade da loja antes de inserir dados pessoais ou financeiros. Um dos primeiros passos é conferir se o site possui o ícone de cadeado ao lado da URL e o prefixo https, que garantem uma conexão segura. Outra orientação é checar a reputação da loja em sites como o Reclame Aqui ou em grupos de consumidores em redes sociais, onde os clientes costumam compartilhar experiências de compra.
 
Ao optar pelo PIX, confira os dados do destinatário e se a negociação envolve um CNPJ. O Código de Defesa do Consumidor garante ao comprador o direito de devolução por arrependimento em até 7 dias para compras online. No caso de produtos com defeito, estabelece prazos para reclamações: 30 dias para produtos ou serviços não duráveis e 90 dias para os duráveis, contados a partir da entrega ou conclusão do serviço. Além disso, evite clicar em anúncios enviados por e-mail ou mensagens de redes sociais que pareçam suspeitos, e sempre acesse os sites digitando o endereço diretamente no navegador, ao invés de seguir links desconhecidos.

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