Homem é sentenciado a seis anos por planejar atos terroristas em Goiás

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Um homem em Goiás foi sentenciado a seis anos de prisão por planejar atos terroristas. O Ministério Público Federal (MPF), responsável pela ação, revelou que o acusado armazenava munições de diferentes calibres, incluindo uma granada de alto poder destrutivo.

Embora a decisão tenha sido divulgada na terça-feira, 28, o processo está sob segredo de Justiça. A investigação teve início após denúncias anônimas que indicavam comportamentos agressivos no trabalho e a publicação de vídeos e fotos suspeitas no status de um aplicativo de mensagens.

Conforme apurado pelo MPF, o homem compartilhava vídeos do Estado Islâmico e imagens de uma granada associada à sua empresa, gerando temor entre os colegas. O comportamento online do acusado também foi objeto de análise na investigação.

Segundo informações divulgadas pelo MPF, a pesquisa sobre terrorismo revelou que o acusado tinha interesse em armamentos, bombas, grupos extremistas e organizações paramilitares. Além disso, foram encontradas pesquisas com conteúdos racistas, discriminatórios e misóginos, assim como conversas em árabe e russo.

Durante o interrogatório, o réu admitiu guardar munições e uma granada, alegando que esta última foi adquirida online e não estava totalmente funcional. No entanto, uma análise pericial da Polícia Militar de Goiás (PMGO) constatou a presença de carga explosiva no artefato.

Quanto às pesquisas na internet, o acusado afirmou que algumas eram “aleatórias” e movidas pela curiosidade, enquanto outras ele diz desconhecer. Ele confirmou ter conversado com estrangeiros em grupos, mas negou qualquer ligação com grupos terroristas. A denúncia, apresentada pelo MPF em abril, foi recebida no mês seguinte, e a condenação se baseou em artigos da Lei Anti-Terrorismo, respaldada por evidências. As munições e a granada foram encaminhadas ao Exército para destruição.

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Ex-marqueteiro de Milei é indiciado pela PF por tentativa de golpe

Fernando Cerimedo, um influenciador argentino e ex-estrategista do presidente argentino Javier Milei, é o único estrangeiro na lista de 37 pessoas indiciadas pela Polícia Federal (PF) por sua suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado no Brasil. Essas indecisões foram anunciadas na quinta-feira, 21 de novembro.

Cerimedo é aliado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e teria atuado no ‘Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral’, um dos grupos identificados pelas investigações. Além dele, outras 36 pessoas foram indiciadas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta seu terceiro indiciamento em 2024.

Em 2022, o influenciador foi uma das vozes nas redes sociais que espalhou notícias falsas informando que a votação havia sido fraudada e que, na verdade, Bolsonaro teria vencido Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas.

Além disso, ele também foi responsável por divulgar um ‘dossiê’ com um conjunto de informações falsas sobre eleições no país. Em vídeos, ele disse que algumas urnas fabricadas antes de 2020 teriam dois programas rodando juntos, indicando que elas poderiam ter falhas durante a contagem de votos.

Investigações

As investigações, que duraram quase dois anos, envolveram quebras de sigilos telemático, telefônico, bancário e fiscal, além de colaboração premiada, buscas e apreensões. A PF identificou vários núcleos dentro do grupo golpista, como o ‘Núcleo Responsável por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe de Estado’, ‘Núcleo Jurídico’, ‘Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas’, ‘Núcleo de Inteligência Paralela’ e ‘Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas’.

Os indiciados responderão pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. A lista inclui 25 militares, entre eles os generais Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, todos ex-ministros de Jair Bolsonaro. O salário desses militares, que variam de R$ 10.027,26 a R$ 37.988,22, custa à União R$ 675 mil por mês, totalizando R$ 8,78 milhões por ano.

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