Com pouso bem-sucedido de sonda, Japão é quinto país a “pisar” na Lua

Japão é quinto país a “pisar” na Lua

Cientistas e entusiastas espaciais no Japão e ao redor do mundo comemoraram com entusiasmo um grande feito nesta sexta-feira (aqui do Brasil). Com o sucesso do pouso da sonda SLIM, o país do Sol Nascente torna-se apenas o quinto país a pousar na lua. O Japão segue os passos dos EUA, Rússia, China e Índia.

Por volta das 12h20 (horário de Brasília), segundo informações da Agência Espacial Japonesa (Jaxa), a sonda apelidada de “Moon Sniper” (“Atirador Lunar”) pousou com sucesso na superfície lunar. Espectadores ao redor do mundo acompanharam a transmissão pela internet. As tensões aumentaram à meia-noite de sábado, durante a descida final da nave, apelidada de “20 minutos de terror”, na fase final do trajeto de quatro meses rumo à lua.

Este feito, em um ambiente com apenas um sexto da gravidade terrestre, representa um impulso significativo para o programa espacial japonês, que enfrentou uma série de contratempos nos últimos anos, incluindo a falha no lançamento do foguete H3 em março de 2023.

O SLIM do Japão, que significa “Smart Lander for Investigating Moon”, é uma missão de pesquisa de carga. Ele carrega uma variedade de cargas científicas, incluindo uma câmera de análise e um par de veículos lunares.

No ano passado, a empresa japonesa ispace fez sua primeira tentativa de pouso lunar, resultando em uma queda na fase final. Já neste mês, a empresa americana Astrobotic lançou sua primeira missão lunar. No entanto, enfrentou problemas logo após o lançamento, encerrando a viagem antes da tentativa de pouso lunar.

Novas tentativas estão em curso, com as empresas americanas Intuitive Machines e Firefly se preparando para lançar sondas lunares este ano. Já a China planeja enviar outra sonda lunar em maio. No ano passado, a Índia juntou-se à lista de pousos na Lua com sua missão Chandrayaan-3.

 

 

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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