Com mais de 15 mil casos de dengue confirmados até o momento em Goiás – dos quais 6 resultaram em óbito –, é preciso manter, sempre, os cuidados contra criadouros do mosquito Aedes Aegypti. E o subsecretário estadual de Vigilância e Atenção Integral à Saúde, Luciano de Moura Carvalho, alerta: se a suspeita da doença, ainda que pequena, bater à porta, com sintomas como febre, dores de cabeça e abdominal, a primeira ação a ser feita é reforçar a hidratação.
“Com a dengue pode acontecer o extravasamento de plasma, que ocorre devido à diminuição na quantidade de plaquetas, daí a necessidade de reposição de líquidos”, diz Carvalho. O volume definido pelo Ministério da Saúde para essa hidratação, lembra ele, é de 60 mililitros (ml) de líquido por quilo (kg). Assim, uma pessoa com 60 kg deverá ingerir em torno de 3,6 litros por dia. O profissional da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) recomenda que, em seguida, o paciente deve procurar um posto de saúde.
Para a boa hidratação, que deve ser algo cotidiano, prossegue Carvalho, deve-se dar prioridade para água pura, reforçada, nos casos suspeitos de dengue, com água de coco, suco, chá, isotônico e soro. Para fazer o soro caseiro, basta diluir uma colherzinha (de café) com sal e duas colheres (de sopa) com açúcar em um litro de água potável (filtrada ou fervida).
“Não há remédio contra a dengue, daí a importância dessa hidratação, repouso em conjunto com uma alimentação saudável e medicamentos contra febre e dor, que devem ser prescritos pelo médico”, reforça o gestor. Em caso de uso de antitérmico, a preferência deve ser pela dipirona, evitando medicamentos como tylenol/paracetamol, que causam um efeito tóxico no fígado tal como provocado pela dengue. Importante também não utilizar aspirinas e anti-inflamatórios não esteroides (ibuprofeno, diclofenaco e outros).
Combate ao mosquito
Outra medida preventiva importante é o uso do repelente. “É um bom aliado, que deve ser usado quando sair de casa, mas, principalmente, quando no próprio imóvel, pois mais de 75% dos focos do mosquito estão nas residências”, explica Carvalho. “Todos esses cuidados e ações, que incluem ainda inseticida doméstico e bombas costais são importantes”, cita o subsecretário.
“Mas é preciso agir na causa, que são os criadouros do mosquito. Nessa luta, a ação da população é indispensável, verificando calhas, caixas d’agua, ralos de pias e banheiros, pneus e lixos em geral nos quintais”, enumera, reforçando que, neste ano, Goiás soma mais de 39.748 casos de dengue notificados, com 15.810 confirmados, 55 óbitos suspeitos e 6 confirmados.