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Pesquisa revela eficácia do Alecrim no combate ao Aedes aegypti

Última atualização 12/02/2024 | 10:02

A aplicação de 5ml de extrato de Alecrim, feito com 200g da planta em um litro de álcool 96º, pode ser uma alternativa eficaz no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya. É o que revela uma pesquisa conduzida pelo Centro Universitário de Brasília (CEUB). O estudo destaca o potencial das plantas, em especial do Alecrim (Rosmarinus officinalis), como larvicida, oferecendo uma opção complementar aos inseticidas químicos tradicionais.

A pesquisa, orientada pela Professora Dra. Francislete Melo e realizada por Clerrane Santana, estudante de Ciências Biológicas do CEUB, revelou resultados promissores. Nas primeiras 12 horas, o extrato de Alecrim demonstrou ser mais eficiente do que a água sanitária como larvicida, com uma taxa de mortalidade de 85%, em comparação aos 78% do grupo de controle convencional. Francislete Melo explica que os extratos testados são ricos em compostos fenólicos, conhecidos por suas propriedades larvicidas, evidenciando a eficácia da fitoterapia.

Clerrane Santana, futura bióloga e responsável pela execução do estudo, destaca a importância da aplicação doméstica de extratos de plantas, como o alecrim, como uma estratégia natural, de baixo custo e sustentável para o controle das larvas do Aedes aegypti. “Os resultados abrem caminho para a implementação de métodos mais sustentáveis e eficientes no combate ao Aedes aegypti, contribuindo para a redução das doenças transmitidas por esse vetor e para a preservação do meio ambiente”, afirma Santana.

Larvicida

No processo de pesquisa, larvas de Aedes aegypti em estágio de desenvolvimento 3 foram expostas a extratos etanólicos de alecrim, obtidos por maceração com agitação em etanol 96º. O experimento foi conduzido em placas de Petri, onde as larvas foram expostas ao extrato diluído em água destilada. Grupos de controle foram estabelecidos, incluindo um com água destilada e outro com água sanitária comercial, conhecida por seu efeito larvicida.

A pesquisa surge em um contexto preocupante de aumento nos casos de dengue no Brasil. O relatório epidemiológico do Ministério da Saúde revela 173 mortes em 2023, com média de 2 óbitos por dia. Houve 584.113 casos prováveis de dengue em apuração, representando um aumento de 41% em relação ao ano anterior. O pico de casos ocorreu em março, com 45.442 registros em apenas três dias.