Mulher sofre graves queimaduras ao fritar ovo e morre após 10 dias internada no interior de SP

Mulher sofre graves queimaduras ao fritar ovo e morre após 10 internada no interior de SP

Uma mulher de 33 anos veio a óbito, nesta segunda-feira, 26, após passar 10 dias internada na Unidade de Tratamento de Queimaduras (UTQ) da Santa Casa de Misericórdia de Limeira, situada no interior de São Paulo. Elisângela Oliveira de Jesus, que é de Rio Claro, São Paulo, sofreu graves queimaduras enquanto fritava um ovo.

O incidente ocorreu no dia 16 de fevereiro. Elisângela colocou uma frigideira com óleo para esquentar no fogão e, em seguida, quebrou um ovo em um copo para verificar se o alimento não estava estragado.

O copo continha água, detalhe que passou despercebido por ela. Ao despejar o ovo com a água na frigideira com óleo, as chamas subiram e atingiram parte do rosto de Elisângela, assim como a camiseta e o sutiã de amamentação que estava usando.

Após ser inicialmente atendida na Santa Casa de Rio Claro, Elisângela foi transferida para o hospital especializado em tratamento de queimaduras em Limeira. Embora estivesse agendada para realizar uma cirurgia nesta segunda, infelizmente, sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu. Ela tinha uma filha de um ano.

Durante o período de internação, uma onda de solidariedade se formou em torno da família para ajudar o  esposo e a filha da vítima. Conscientes da situação delicada em que se encontram, uma campanha online foi lançada nas redes sociais para arrecadar recursos em apoio ao viúvo. Para contribuir, basta procurar pelo perfil de Régis Cândido.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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