Sargento do DF é indiciado por matar policial goiano durante briga

Sargento do DF é indiciado por matar policial goiano durante briga

O sargento Jefferson José da Silva foi indiciado pela morte do soldado Diego Santos Purcina, de 30 anos, vítima de um disparo durante uma briga generalizada em um bar em Novo Gama, no Entorno do Distrito Federal. Ele está sob custódia e enfrentará acusações de homicídio qualificado.

Em uma declaração oficial, a advogada do sargento contestou o resultado do inquérito e os argumentos apresentados pela polícia. De acordo com a defesa, as imagens das câmeras de segurança indicam que Jefferson agiu em legítima defesa em resposta a uma agressão injustificada.

Jefferson é um sargento aposentado do Distrito Federal. Um vídeo do incidente mostra uma discussão acalorada entre várias pessoas antes que a violência eclodisse. Durante o tumulto, Diego foi baleado e caiu no chão.

Momento em que sargento atira em PM: 

Relembre o caso

Um soldado da Polícia Militar de Goiás (PMGO) morreu após uma briga generalizada em um bar na região de Novo Gama, no Entorno do DF. O caso ocorreu no dia 2 deste mês após outro policial atirar contra Diego Santos Purcina, 30 anos, no peito.

Testemunhas contaram, em depoimento à polícia, que a briga teria começado após uma mulher aparentemente bêbada esbarrar na mesa onde Jefferson José da Silva, policial militar no Distrito Federal, estava. Uma discussão teria começado em seguida, e Jefferson disparou uma única vez contra o peito do policial goiano.

Câmeras de segurança do comércio registraram toda a briga. É possível ver, nas imagens, uma briga generalizada em volta de uma mesa do bar. Em certo momento, um dos homens avança contra outro de blusa verde e a vítima aparece com a arma na cintura. Diego Purcina aparece, em certo momento, caído no chão atingido pelo disparo da arma.

A polícia de Goiás prendeu o PM do DF em flagrante pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil. Amigos do soldado e conhecidos do autor, em depoimento, contaram que não sabiam que os envolvidos eram policiais.

Diego Purcina era soldado no Comando de Operações de Divisas (COD). Ele deixou uma mulher e um filho.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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