Terremoto interrompe reunião do Conselho de Segurança da ONU em Nova York

Diplomatas da ONU estavam na câmara do Conselho de Segurança para uma reunião sobre a situação em Gaza quando começou o terremoto

O terremoto que atingiu a área de Nova York na manhã de sexta-feira interrompeu por instantes uma reunião do Conselho de Segurança da ONU. O terremoto de magnitude 4,8, cujo epicentro foi localizado sete quilômetros ao norte da estação Whitehouse, em Nova Jersey, foi sentido na cidade de Nova York e em outras regiões do estado.

Um vídeo registrou o momento. Diplomatas da ONU estavam na câmara do Conselho de Segurança para uma reunião sobre a situação em Gaza. Presidente e CEO da ONG Save the Children US, Janti Soeripto, discursava sobre o sofrimento das mulheres e crianças em Gaza quando os tremores foram sentidos na sala.

Diplomatas foram vistos olhando uns para os outros e a sala ficou em silêncio. “Isso foi um terremoto”, ela perguntou, ao enviado palestino da ONU, Riyad Mansour, que estava sentado ao lado dela. “Sim. Você está fazendo o chão tremer”, ele disse a ela, provocando leves risadas.

Apesar da intensidade do terremoto, o Departamento de Polícia de Nova York informou que não houve relatos de danos ou feridos. O Corpo de Bombeiros da cidade de Nova York recebeu relatos de edifícios tremendo por volta das 10h30, e está avaliando a estabilidade estrutural das construções na área afetada.

A governadora de Nova York, Kathy Hochul, confirmou o incidente, afirmando que sua equipe está avaliando os impactos e quaisquer danos que possam ter ocorrido, prometendo atualizações ao público ao longo do dia. O prefeito de Nova York, Eric Adams, está sendo mantido a par da situação, com seu gabinete ainda avaliando o impacto completo do terremoto.

 

Os relatórios iniciais indicaram um terremoto de magnitude 4,8, mas foi revisado para 4,7 antes de ser ajustado de novo para 4,8. O epicentro foi a nordeste do distrito de Lebanon, no estado de Nova Jersey, a menos de 80 quilômetros da cidade de Nova York. O terremoto foi leve e logo abaixo da superfície, a 5 km de profundidade, o que torna o tremor mais fácil de ser sentido.

Enquanto isso, as redes sociais, como Twitter e Facebook, tornaram-se plataformas para os moradores locais relatarem os tremores e compartilharem experiências sobre o terremoto que sacudiu a cidade de Nova York. (**Com informações da rede Fox News)

Veja vídeo do momento do terremoto:

 

 

 

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Espanha investiga Airbnb em ofensiva contra aluguéis turísticos irregulares

O governo da Espanha abriu uma investigação sobre o Airbnb, acusando a plataforma de não remover milhares de anúncios irregulares que, segundo autoridades e moradores, contribuem para a falta de moradias e a elevação dos preços de aluguel e imóveis no país.

A ação foi divulgada nesta quarta-feira, 18, pelo Airbnb, que confirmou ser alvo de uma investigação conduzida pelo Ministério dos Direitos do Consumidor. O órgão, no entanto, não mencionou o nome da empresa publicamente. Caso seja considerada culpada, a plataforma enfrenta uma multa de até 100 mil euros (cerca de R$ 650 mil) ou um valor equivalente a quatro a seis vezes o lucro gerado pelas práticas consideradas irregulares.

A investigação integra uma ampla campanha da Espanha para limitar o impacto do aluguel turístico em cidades, especialmente em plataformas como Airbnb e Booking.com. Muitos espanhóis atribuem a essas práticas a escassez de moradias, o turismo excessivo e a dificuldade dos moradores locais em pagar aluguéis.

De acordo com o Ministério dos Direitos do Consumidor, a plataforma investigada foi notificada para remover anúncios de imóveis classificados como “publicidade ilegal” devido à ausência de licenças para uso turístico, mas a solicitação não foi atendida, resultando no início de um processo disciplinar.

Defesa do Airbnb

O Airbnb afirmou que orienta os anfitriões a garantir que possuem as permissões necessárias para alugar seus imóveis e seguem as normas locais. A empresa alegou que o governo não forneceu uma lista clara de anúncios fora de conformidade e argumentou que nem todos os proprietários precisam de licença para alugar.

Além disso, a plataforma contestou a autoridade do Ministério para regulamentar aluguéis de curto prazo, citando decisões judiciais, incluindo uma de 2019 do Tribunal de Justiça da União Europeia, que classificou o Airbnb como um “serviço da sociedade da informação”, e não como um agente imobiliário. A empresa declarou ainda que não tem obrigação de monitorar os conteúdos publicados, em conformidade com a Lei de Serviços Digitais.

Regulamentação mais rígida em andamento

O Ministério dos Direitos do Consumidor reforçou que a maioria das regulamentações regionais exige que anúncios de residências turísticas incluam o número da licença, e a ausência dessa informação é considerada publicidade ilegal. O porta-voz do órgão evitou comentar diretamente sobre a investigação, alegando não poder confirmar o nome da plataforma envolvida.

Medidas mais severas contra aluguéis turísticos já foram tomadas em Barcelona. Em junho, o prefeito Jaume Collboni anunciou a proibição total de aluguéis de curto prazo até 2028. A decisão, atualmente contestada por associações de proprietários de imóveis turísticos, foi criticada pelo Airbnb, que alegou favorecer apenas o setor hoteleiro, sem resolver os problemas de turismo excessivo e crise imobiliária.

A repressão aos aluguéis turísticos não se limita à Espanha. Outros países europeus, como Itália e Croácia, também adotaram ações para restringir o crescimento desse tipo de locação.

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