Modelo viaja 1.850km para encontrar ‘namorado virtual’, mas ele não aparece 

Modelo viaja 1.850km para encontrar 'namorado virtual', mas ele não aparece 

A distância de 1.851 quilômetros separava River Blake, uma jovem de 23 anos, da felicidade. Determinada, a moradora de Lafayette, Louisiana, nos Estados Unidos, decidiu viajar de avião até Rapid City, Dakota do Sul, para finalmente encontrar seu “namorado virtual”.

A passagem só de ida foi paga pelo suposto namorado. River estava com grande expectativa de conhecê-lo pessoalmente. No entanto, a espera dela no aeroporto foi em vão, pois ele não apareceu.

“Passei de três a quatro horas no aeroporto correndo em círculos – e quando percebi que ele não vinha me buscar, fui embora”, contou a americana em reportagem no “NY Post“.

Ela teve que pagar US$ 1.290 (cerca de R$ 8.360) por um voo de volta e se hospedar em um hotel em Rapid City. Lá, conheceu uma pessoa que a ajudou a explorar a cidade.

O relacionamento de River com seu suposto namorado começou pelas redes sociais, onde ele a elogiou por seu trabalho como modelo. Apesar de morarem em estados diferentes, conversavam quase diariamente por cinco anos.

Porém, o comportamento do homem mudou abruptamente em fevereiro de 2024, quando expressou o desejo de tê-la morando com ele. River embarcou em uma jornada de oito horas, com três conexões, para finalmente encontrá-lo, mas ele não apareceu.

“Acredito firmemente que tudo acontece por uma razão. Esta não era a minha hora. E ele não era a pessoa para mim, afinal. Estou apenas me concentrando na minha carreira agora e passando o máximo de tempo que posso viajando”, concluiu River, tentando superar a desilusão.

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Espanha investiga Airbnb em ofensiva contra aluguéis turísticos irregulares

O governo da Espanha abriu uma investigação sobre o Airbnb, acusando a plataforma de não remover milhares de anúncios irregulares que, segundo autoridades e moradores, contribuem para a falta de moradias e a elevação dos preços de aluguel e imóveis no país.

A ação foi divulgada nesta quarta-feira, 18, pelo Airbnb, que confirmou ser alvo de uma investigação conduzida pelo Ministério dos Direitos do Consumidor. O órgão, no entanto, não mencionou o nome da empresa publicamente. Caso seja considerada culpada, a plataforma enfrenta uma multa de até 100 mil euros (cerca de R$ 650 mil) ou um valor equivalente a quatro a seis vezes o lucro gerado pelas práticas consideradas irregulares.

A investigação integra uma ampla campanha da Espanha para limitar o impacto do aluguel turístico em cidades, especialmente em plataformas como Airbnb e Booking.com. Muitos espanhóis atribuem a essas práticas a escassez de moradias, o turismo excessivo e a dificuldade dos moradores locais em pagar aluguéis.

De acordo com o Ministério dos Direitos do Consumidor, a plataforma investigada foi notificada para remover anúncios de imóveis classificados como “publicidade ilegal” devido à ausência de licenças para uso turístico, mas a solicitação não foi atendida, resultando no início de um processo disciplinar.

Defesa do Airbnb

O Airbnb afirmou que orienta os anfitriões a garantir que possuem as permissões necessárias para alugar seus imóveis e seguem as normas locais. A empresa alegou que o governo não forneceu uma lista clara de anúncios fora de conformidade e argumentou que nem todos os proprietários precisam de licença para alugar.

Além disso, a plataforma contestou a autoridade do Ministério para regulamentar aluguéis de curto prazo, citando decisões judiciais, incluindo uma de 2019 do Tribunal de Justiça da União Europeia, que classificou o Airbnb como um “serviço da sociedade da informação”, e não como um agente imobiliário. A empresa declarou ainda que não tem obrigação de monitorar os conteúdos publicados, em conformidade com a Lei de Serviços Digitais.

Regulamentação mais rígida em andamento

O Ministério dos Direitos do Consumidor reforçou que a maioria das regulamentações regionais exige que anúncios de residências turísticas incluam o número da licença, e a ausência dessa informação é considerada publicidade ilegal. O porta-voz do órgão evitou comentar diretamente sobre a investigação, alegando não poder confirmar o nome da plataforma envolvida.

Medidas mais severas contra aluguéis turísticos já foram tomadas em Barcelona. Em junho, o prefeito Jaume Collboni anunciou a proibição total de aluguéis de curto prazo até 2028. A decisão, atualmente contestada por associações de proprietários de imóveis turísticos, foi criticada pelo Airbnb, que alegou favorecer apenas o setor hoteleiro, sem resolver os problemas de turismo excessivo e crise imobiliária.

A repressão aos aluguéis turísticos não se limita à Espanha. Outros países europeus, como Itália e Croácia, também adotaram ações para restringir o crescimento desse tipo de locação.

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