Mãe é presa após desligar sonda que alimentava filho com paralisia cerebral

A Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO) prendeu uma mulher suspeita de tráfico de drogas na residência onde morava, em Aparecida de Goiânia. Segundo a corporação, o filho, de 3 anos, da suspeita, que tem paralisa cerebral, foi encontrado desnutrido e com o aparelho que fornecia oxigênio para ele desligado.

O caso foi registrado no último sábado, 4, no Setor Serra Dourada, após a polícia receber uma denúncia de tráfico de drogas. Ao chegar no local, a corporação encontrou cinco pessoas fazendo o uso de entorpecentes na porta da residência. Durante a abordagem, foram apreendidas 34 porções de crack e 26 de cocaína.

Já dentro da casa, a polícia encontrou a criança desfalecida em cima do sofá e constatou que ele é filho da dona de casa, que também havia sido abordada pelo uso de drogas. A criança, segundo a corporação, tem paralisia cerebral e, por isso, recebia oxigênio e alimentação por sonda. No entanto, os aparelhos responsáveis pelo fornecimento estavam desligados.

Em um vídeo gravado pelos policiais, a suspeita foi questionada de o porquê ter desligado o aparelho que fornecia oxigênio ao menino. “Você tirou o oxigênio da criança?”, questionou o policial” e a mulher respondeu que havia tirado. Ao ser questionada se a máquina não seguia recomendação médica, a mulher respondeu: “Eu estou pouco me lixando para médico. Eu sou a mãe dele”.

Devido a situação, o Conselho Tutelar foi acionado e o menino levado às pressas para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde os médicos atestaram que a criança estava desnutrida.

Para a polícia, familiares da mulher contaram que ela já havia perdido a guarda do filho, mas que havia conseguido recuperar a pouco tempo. “Ela disse que havia retirado o oxigênio da criança e que não voltaria a colocar. Cerca de 7 meses atrás, essa mãe perdeu a guarda da criança. A guarda havia sido restituída pelo Juizado de Infância de Aparecida de Goiânia”, afirmou a tenente Rhainna Iannari.

Além disso, familiares informaram que a residência havia sido dada pela prefeitura municipal para a mulher e que, apesar disso, ela decidiu transformar o local em um ponto de venda de drogas.

A mãe da criança e outro usuário que estava no local foram conduzidos à Central de Flagrantes de Aparecida de Goiânia. A mulher foi autuada por tráfico de drogas e maus-tratos contra o filho.

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Cremego repudia prisão de médica em hospital de Goiás: caso em apuração

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) manifestou repúdio e lamentou a conduta dos policiais civis que levaram uma médica do Hospital Estadual de Trindade para a delegacia após exigirem atendimento prioritário. O caso, que aconteceu durante um plantão, gerou indignação e preocupação em relação à segurança e respeito aos profissionais de saúde. A polícia informou que a situação está sendo apurada pela Corregedoria da instituição, garantindo que todas as providências serão tomadas para esclarecer os fatos.

No episódio, a médica relatou que os policiais desrespeitaram as normas do hospital ao exigirem prioridade na realização de um exame de corpo de delito, interrompendo o atendimento de outros pacientes. Ela solicitou que aguardassem do lado de fora, porém um dos policiais se irritou e a intimou. Após a realização do exame, os policiais retornaram e a médica foi surpreendida com a voz de prisão, sendo obrigada a segui-los para a delegacia, em meio a um ambiente hospitalar lotado de pacientes.

Na delegacia, a médica foi submetida a abusos psicológicos pela policial envolvida na prisão, que tentou coagi-la e a intimidou com ameaças relacionadas a um possível processo por falso testemunho. Após prestar depoimento, a profissional foi liberada, porém, devido aos acontecimentos, não conseguiu finalizar seu plantão devido ao abalo emocional sofrido. A advogada da médica afirmou que medidas serão tomadas contra o estado em busca de reparação pelos danos morais e pela defesa da inocência de sua cliente.

O Hospital Estadual de Trindade lamentou o ocorrido e afirmou estar colaborando com a apuração dos fatos, reforçando seu compromisso com o atendimento de qualidade à população e apoio aos profissionais de saúde. O Cremego emitiu uma nota de repúdio à prisão da médica, destacando a importância de se apurar o caso de forma rigorosa e garantindo que serão tomadas as devidas providências para que situações como essa não se repitam.

Espera-se que as autoridades responsáveis, incluindo o governador Ronaldo Caiado, intervenham de maneira firme e justa nesse episódio, assegurando a segurança e respeito aos profissionais de saúde que atuam no estado de Goiás. A saúde pública já enfrenta desafios e dificuldades, e os médicos não podem ser expostos a mais formas de agressão e desrespeito em seu ambiente de trabalho. É fundamental que casos como esse sejam tratados com seriedade e responsabilidade, visando a integridade e valorização dos profissionais de saúde.

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