No afã de reafirmar inocência, Jayme Rincón tem até patrocinado posts no Instagram

No esteio do arquivamento, por parte da Justiça Eleitoral, da Operação Cash Delivery, o ex-presidente da antiga Agência Goiana de Transporte e Obras Públicas (Agetop), Jayme Rincón, homem forte dos governos de Marconi Perillo (PSDB), tem se desdobrado para reafirmar sua inocência. Uma das estratégias que ele tem utilizado e que tem chamado a atenção é o patrocínio de posts em suas redes sociais para que os conteúdos cheguem a um número maior de pessoas.

A Cash Delivery foi deflagrada pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal às vésperas do primeiro turno das eleições de 2018, quando Marconi era candidato ao Senado – ele não se elegeu e chegou a ser preso após o pleito. À época, o MPF apurava suspeita de pagamento de propina ao ex-governador tucano. Rincón e seu filho, Rodrigo Godoi, foram alvos de mandados de busca e de apreensão – Godoi chegou a ser preso em São Paulo e o pai, em Goiânia. O arquivamento do caso ocorreu em 26 de abril deste ano pela Justiça Eleitoral após “seis anos de investigações sem objetividade”.

Neste mês de maio, o ex-presidente da Agetop divulgou e patrocinou no Instagram ilustração de um carrasco que se preparava para acionar uma guilhotina. Ao seu lado, um juiz dizia: “Não se preocupem. Se errarmos, é só colar a cabeça depois”. Um segundo post também patrocinado reproduzia artigo do filho Rodrigo Godoi, publicado no jornal O Popular, e intitulado “Quanto custa a injustiça?”. “Não existe dinheiro algum no mundo que possa reparar o prejuízo profissional, a humilhação, a dor, o sofrimento e as noites em claro”, escreveu o engenheiro civil e gestor de investimentos.

A julgar pelas respostas dadas a comentários de apoio que tem recebido nas suas redes sociais, alardear sua inocência é questão de honra para Jayme Rincón. “Sacanagem maior ainda fizeram com meu filho. Mas esses canalhas terão uma conta para acertar com Deus”, escreveu ele a um seguidor. “Alma lavada; vida nova”, acrescentou em outro post.

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Presidente da Câmara, Romário Policarpo tenta valorizar passe do PRD junto a Sandro Mabel

Presidente da Câmara, Romário Policarpo tenta valorizar passe do PRD junto a Sandro Mabel

Pré-candidato a prefeito de Goiânia, o empresário Sandro Mabel (UB) parece ter entendido o “recado” passado, neste final de semana, pelo presidente da Câmara, Romário Policarpo (PRD), e compareceu à sede do Legislativo nesta terça-feira, 9. Romário “cogitou” levar seu PRD para a pré-campanha à reeleição do prefeito Rogério Cruz (SD); e entre os argumentos, o de que tem indicações no primeiro escalão do Paço Municipal.

O PRD, assim como PSB, Agir, PMB e Avante, integra (ou integrava) um bloco articulado pelo presidente da Assembleia, Bruno Peixoto (UB), para fortalecer sua pré-candidatura a prefeito. Na sequência, o mesmo bloco acertou com Sandro Mabel que indicaria o pré-candidato a vice-prefeito dele.

Mas fato é que Avante e Agir já protagonizaram eventos recentes em que declararam apoio a Sandro, ao passo que o PSB é dado como certo na chapa da pré-candidata Adriana Accorsi (PT) via costuras feitas em âmbito nacional.

Vendo então que seu PRD correria o risco de ter seu passe desvalorizado, já que as demais legendas daquele bloco já seguiram seu rumo, houve então esta “ameaça” pública de compor com Rogério – segundo avaliações do QG de campanha de Mabel – que, diga-se de passagem, não exonerará, pelo menos não por agora, indicados de Romário Policarpo sob pena de ter mais problemas do que os que já tem.

Para demonstrar que está disposto a trabalhar pelo maior número de aliados possíveis em torno do seu projeto, Sandro foi hoje à Câmara, onde conversou com o presidente da Casa. Aliás, sua ida foi no mesmo dia em que CCJ deu sinal verde para votação do projeto de autoria do Executivo que permite a prefeitura vender 76 áreas públicas. Ele diz ser contra a matéria e afirma que os espaços podem ser usados para construção de CMEIs e unidades de saúde. A tramitação do projeto em plenário – incluindo aí se entrará em pauta antes ou somente depois do recesso dos vereadores – será um bom indicativo de quão produtiva foi a conversa entre Romário e Mabel.

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