Forte terremoto de 5.9 de magnitude atinge o centro do Japão

Um terremoto de magnitude 5.9 atingiu o centro do Japão nesta segunda-feira. Segundo a Agência Meteorológica do país, não foi emitido nenhum alerta de tsunami.

O tremor raso, que ocorreu às 6h31 (horário local) foi centrado na Península de Noto, onde um terremoto devastador em 1º de janeiro matou mais de 230 pessoas.  De acordo com a televisão NHK, as autoridades locais indicaram que, inicialmente, não houve relatos de danos, mas continuam recolhendo informação.

Embora o epicentro fique a cerca de 230 quilômetros de Tokyo, onde o tremor não foi sentido, moradores disseram que foram acordados por alertas de terremoto em seus telefones.

Sites especializados afirmam que um grande número de pessoas deve ter sentido o tremor, mas devido à tradição do país com esse tipo de evento, com infraestrutura reforçada, é pouco provável que o tremor tenha causado danos maiores. Pelo menos cinco outros pequenos tremores foram registrados na mesma região após o evento sismológico mais intenso.

Cerca de 10 minutos depois do terremoto da manhã desta segunda ocorreu um segundo sismo de magnitude 4,8 na mesma região, indicou a agência meteorológica.

A operadora da usina nuclear Kashiwazaki-Kariwa, na região do tremor, anunciou a suspensão das operações para avaliar possíveis danos, de acordo com a imprensa local.

Segundo as autoridades, muitos edifícios no litoral do Mar de Japão já haviam sido danificados no potente sismo de janeiro e suas réplicas.

O Japão é um dos países com maior atividade sísmica do mundo e tem regulamentos rigorosos para garantir que os edifícios e as infraestruturas resistam aos terremotos mais poderosos. O arquipélago de 125 milhões de habitantes sofre cerca de 1.500 terremotos todos os anos, embora a grande maioria seja moderada.

ASSISTA :

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos