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Primeira ‘grande paralisação lunar’ acontece neste fim de semana

Última atualização 19/06/2024 | 17:17

Neste fim de semana, os entusiastas da astronomia têm um motivo especial para observar o céu: a primeira grande paralisação lunar, conhecida como lunistício. Já são quase 20 anos desde a última ocorrência desse evento. Este fenômeno raro ocorre quando as inclinações da Lua e da Terra atingem seus máximos, coincidindo este ano com o solstício de inverno no Hemisfério Sul e o de verão no Hemisfério Norte.

Duração

A Lua nascerá no ponto mais nordeste do horizonte e se pôr na posição mais a noroeste, permanecendo no céu por mais tempo. A paralisação lunar não é um evento de apenas uma noite e poderá ser observada em outros dias até o próximo ano. A inclinação da Lua modifica a partir da latitude de quem a observa, o que significa que o lunistício não será visível em todos os lugares ao mesmo tempo. A grande paralisação lunar é um evento astronômico fascinante que proporciona uma oportunidade única de observação e estudo. Mesmo que sua visibilidade seja limitada a determinadas regiões do globo, o fenômeno oferece uma conexão histórica e científica, especialmente em locais como Stonehenge.

Visibilidade

A visibilidade do lunistício será restrita ao Hemisfério Norte, dependendo das condições meteorológicas e da localização geográfica. No Brasil, o fenômeno não será visível. Um dos melhores locais para observar este evento será Stonehenge, na Inglaterra, onde milhares de turistas e cientistas são esperados para presenciar a sobreposição do solstício de verão com o lunistício. Stonehenge, com sua estrutura enigmática, que atrai não apenas curiosos, mas também pesquisadores que investigam uma possível ligação entre o monumento e os ciclos lunares. Alguns cientistas acreditam que os construtores de Stonehenge estavam cientes da grande paralisação lunar e que a estrutura de pedra foi alinhada para coincidir com o fenômeno.

O que é a Grande Paralisação Lunar?

A trajetória da Lua apresenta uma inclinação de 5,1 graus em relação à eclíptica, o plano onde orbitam os planetas do sistema solar. A Terra, por sua vez, gira em torno de um eixo inclinado a 23,4 graus em relação à eclíptica. Essa combinação permite que os pontos de nascimento e pôr da Lua variem em até 57 graus ao longo do ano. Quando as inclinações da Terra e da Lua atingem seus valores máximos, ocorre a grande paralisação lunar, levando a Lua a alcançar seus pontos mais extremos ao norte e ao sul do horizonte. Este ciclo se repete a cada 18,6 anos.