Primeira ‘grande paralisação lunar’ acontece neste fim de semana

Neste fim de semana, os entusiastas da astronomia têm um motivo especial para observar o céu: a primeira grande paralisação lunar, conhecida como lunistício. Já são quase 20 anos desde a última ocorrência desse evento. Este fenômeno raro ocorre quando as inclinações da Lua e da Terra atingem seus máximos, coincidindo este ano com o solstício de inverno no Hemisfério Sul e o de verão no Hemisfério Norte.

Duração

A Lua nascerá no ponto mais nordeste do horizonte e se pôr na posição mais a noroeste, permanecendo no céu por mais tempo. A paralisação lunar não é um evento de apenas uma noite e poderá ser observada em outros dias até o próximo ano. A inclinação da Lua modifica a partir da latitude de quem a observa, o que significa que o lunistício não será visível em todos os lugares ao mesmo tempo. A grande paralisação lunar é um evento astronômico fascinante que proporciona uma oportunidade única de observação e estudo. Mesmo que sua visibilidade seja limitada a determinadas regiões do globo, o fenômeno oferece uma conexão histórica e científica, especialmente em locais como Stonehenge.

Visibilidade

A visibilidade do lunistício será restrita ao Hemisfério Norte, dependendo das condições meteorológicas e da localização geográfica. No Brasil, o fenômeno não será visível. Um dos melhores locais para observar este evento será Stonehenge, na Inglaterra, onde milhares de turistas e cientistas são esperados para presenciar a sobreposição do solstício de verão com o lunistício. Stonehenge, com sua estrutura enigmática, que atrai não apenas curiosos, mas também pesquisadores que investigam uma possível ligação entre o monumento e os ciclos lunares. Alguns cientistas acreditam que os construtores de Stonehenge estavam cientes da grande paralisação lunar e que a estrutura de pedra foi alinhada para coincidir com o fenômeno.

O que é a Grande Paralisação Lunar?

A trajetória da Lua apresenta uma inclinação de 5,1 graus em relação à eclíptica, o plano onde orbitam os planetas do sistema solar. A Terra, por sua vez, gira em torno de um eixo inclinado a 23,4 graus em relação à eclíptica. Essa combinação permite que os pontos de nascimento e pôr da Lua variem em até 57 graus ao longo do ano. Quando as inclinações da Terra e da Lua atingem seus valores máximos, ocorre a grande paralisação lunar, levando a Lua a alcançar seus pontos mais extremos ao norte e ao sul do horizonte. Este ciclo se repete a cada 18,6 anos.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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