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Morte de jovem em Orizona foi causada por briga de R$ 86 mil e caso extraconjugal

Última atualização 01/08/2024 | 11:28

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) indiciou o empresário Paulo Antônio Herberto Bianchini, de 34 anos, pelo assassinato de Dayara Talissa Fernandes da Cruz, de 21 anos. O crime ocorreu em março deste ano, em Orizona, no sul goiano, mas a ossada da jovem foi encontrada enterrada em uma fazenda do município.

Paulo Bianchini está preso desde 1º de julho. Ele foi indiciado pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil, dissimulação, feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual. Um funcionário da empresa do suspeito também foi indiciado por ocultação de cadáver e fraude processual, devido a participação no crime.

Em nota, a defesa do acusado afirmou que ele é réu primário, com bons antecedentes e residência fixa, tendo colaborado voluntariamente com as investigações. Alegou também que os depoimentos indicam uma fatalidade, sem provas conclusivas de dolo.

Entenda o crime

Dayara e Paulo mantinha um relacionamento amoroso até meados de outubro de 2023, quando terminaram, e voltaram em janeiro de 2024. Segundo o delegado Kennet Carvalho, responsável pelo caso, o suspeito mantinha um casamento sem que a vítima soubesse e que ela acreditava ser “esposa”.

Ainda segundo o delegado, o crime foi motivado por violência de gênero e ocorreu após uma briga relacionada a R$ 86 mil. Informações apontam que o suspeito alegou ter transferido o dinheiro para a conta da jovem, que teria o utilizado para fins pessoais. Esse teria sido o motivo do término em outubro de 2023.

O casal reatou três meses depois. O delegado explicou que, em conversa com outra pessoa, Paulo afirmou ter mandado matar a jovem por causa de dinheiro. A afirmação não foi confirmada pelo suspeito.

Após cometer o crime, o suspeito cometeu fraude processual ao enviar mensagens do celular da vítima, se passando por ela. Na ocasião, Paulo mandou mensagens para a irmã de Dayara dizendo que o relacionamento tinha terminado e que ela estava em Itumbiara. “Nós fizemos uma análise da forma como as mensagens foram escritas e percebemos que não eram compatíveis com o modo de escrita da Dayara”, explicou o delegado.

O delegado explicou que, no dia do crime, o investigado saiu da empresa que administra junto com um funcionário. Durante o trajeto, feito de carro, ele alterou a rota e pediu para que o jovem olhasse na carroceria do veículo, onde estava o corpo de Dayara. Em seguida, ele disse ao funcionário para ajudá-lo na ocultação do cadáver e a encobrir o crime.

Este mesmo funcionário tirou fotos no rio de Itumbiara e posto nas redes sociais da vítima para criar uma falsa localização. Outra suspeita do crime permaneceu com o celular da jovem por 10 dias, até que o jogou em um córrego.