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Homem que realizou atentado em frente ao STF gastou R$ 1,5 mil em fogos de artifício

Última atualização 15/11/2024 | 10:26

Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, gastou mais de R$ 1,5 mil em fogos de artifício nos dias 5 e 6 de novembro, em uma loja localizada em Ceilândia, no Distrito Federal. Ele morreu após realizar um ataque com explosivos em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) na noite de 13 de novembro. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) acredita que ele modificou os fogos de forma artesanal para aumentar seu poder de destruição.

A investigação apontou que Francisco fez duas compras consecutivas no estabelecimento: uma no valor de R$ 295 em 5 de novembro e outra de R$ 1.250 no dia seguinte, ambas pagas com cartão de débito. Imagens de câmeras de segurança mostram Francisco saindo da loja com uma caixa de fogos sobre o balcão.

Apesar do ocorrido, a loja não está sendo investigada, pois os produtos vendidos eram autorizados. Os comerciantes colaboraram com a polícia, prestando depoimento. O fato de Francisco ter alterado os fogos de artifício sugere um planejamento minucioso do atentado.

Planejamento do ataque

Francisco Wanderley havia se mudado para o Distrito Federal há cerca de três meses, vindo de Santa Catarina. Ele alugou um imóvel na QNN 7, em Ceilândia, onde residia desde junho de 2024, embora já pagasse aluguel desde 2023. Durante esse período, ele aparentava levar uma vida tranquila, mas sinais de insatisfação eram perceptíveis.

Antes do ataque, Francisco publicou uma série de mensagens nas redes sociais indicando seu plano. Em uma dessas postagens, feita na véspera do atentado, ele alertou: “Cuidado ao abrir gavetas, armário, estantes, depósito de matérias etc. Início 17h48 horas do dia 13/11/2024… O jogo acaba dia 16/11/2024. Boa sorte!!!”.

Quando decidiu ir para Brasília, ele disse a um dos filhos que a viagem era a trabalho, mencionando problemas pessoais com a mãe. A mesma justificativa foi dada ao caseiro de sua propriedade em Rio do Sul (SC), a quem Francisco afirmou que iria “passar um tempo na praia” para descansar. Tanto o filho quanto o caseiro relataram que ele estava visivelmente abalado, enfrentando dificuldades emocionais.

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