PEC do Aborto é votação crucial na CCJ da Câmara esta semana

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados está preparada para votar uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que visa proibir o aborto em todas as circunstâncias. Esta votação é uma das prioridades da CCJ para esta semana, com a análise marcada para a terça-feira, 26.
 
Se aprovada na CCJ, a PEC ainda precisará passar por uma comissão especial antes de ser submetida ao Plenário da Câmara. Além disso, a tramitação depende da autorização do presidente da Câmara, Arthur Lira. A proposta em questão gerou intensos debates e é um dos temas mais polêmicos em discussão no Congresso.
 
A votação da PEC do aborto é apenas uma das agendas da CCJ para esta semana. Outros projetos, incluindo um pacote anti-Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), também estão na pauta. A comissão busca concluir a votação do texto o mais rapidamente possível.
 
A PEC em discussão tem o potencial de alterar significativamente as leis atuais sobre o aborto no Brasil, caso seja aprovada em todas as etapas do processo legislativo. A decisão da CCJ será um passo crucial na tramitação desta proposta.

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Carrefour pede desculpas por boicote a carne brasileira

O Grupo Carrefour emitiu um comunicado nesta terça-feira, 26 de novembro, para esclarecer e se retratar sobre as declarações do seu CEO global, Alexandre Bompard, que haviam gerado um boicote por parte dos frigoríficos brasileiros. A empresa afirmou que reconhece a “grande qualidade” das carnes originárias dos frigoríficos brasileiros e reiterou que, para a operação da rede de supermercados no Brasil, continuará optando majoritariamente pelas carnes produzidas nacionalmente.
A nota, assinada pela assessoria de imprensa do Carrefour, expressou lamentação pela confusão gerada, afirmando que a comunicação da empresa “tenha sido entendida como um questionamento da nossa parceria com a agricultura brasileira e uma crítica a ela”. O Carrefour enfatizou seu “orgulho de ser o primeiro parceiro e promotor histórico da agricultura brasileira” e destacou que conhece “melhor do que ninguém os padrões que a carne brasileira atende, sua alta qualidade e seu sabor”.
A polêmica começou após Bompard anunciar que a rede deixaria de comprar carne do Mercosul para o mercado francês, alegando que a carne do bloco não atendia às exigências e normas da França. Essa decisão foi uma resposta de solidariedade ao agronegócio francês, que se opõe ao acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia.
Em retaliação, grandes frigoríficos brasileiros, como a JBS e a Minerva, suspenderam o fornecimento de carne ao Carrefour no Brasil. A Associação Brasileira das Indústrias Exportadores de Carnes (ABIEC) também se posicionou contra o boicote, defendendo que se a carne brasileira não serve para abastecer o Carrefour na França, não serve para abastecer em nenhum outro país.
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, apoiou o boicote e criticou a menção à qualidade sanitária das carnes do Mercosul, destacando que o Brasil tem “uma das melhores sanidades de produtos alimentícios do mundo”.
O Carrefour admitiu que a suspensão do fornecimento de carne impacta seus clientes e está buscando soluções para retomar o abastecimento o mais rápido possível, respeitando os compromissos com seus colaboradores e clientes.

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