Isenção de IR para renda até R$ 5 mil pode entrar no Orçamento de 2025: entenda as propostas e impactos

Isenção de IR para renda até R$ 5 mil pode entrar no Orçamento de 2025

A medida que propõe o aumento da isenção de Imposto de Renda (IR) representa uma renúncia de arrecadação e precisa ser compensada por outras fontes. A meta é ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, e essa proposta pode fazer parte do Orçamento de 2025. De acordo com deputados aliados ao governo ouvidos pelo DE, se essa medida for aprovada pelos parlamentares, ela poderá entrar em vigor já no próximo ano.

Contudo, há a expectativa de que a medida só seja implementada no Orçamento de 2026, o que cumpriria a promessa feita pelo presidente da República. O anúncio sobre as mudanças na isenção do IR deverá ser feito em um pronunciamento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em rede nacional, com duração prevista de 7 minutos e 18 segundos. Essa ação ocorre em meio à expectativa em relação ao pacote de corte de gastos que será apresentado entre os dias 27 e 28 de novembro.

Recentemente, Lula afirmou que garantiria a isenção de IR para trabalhadores com renda até o último ano de seu mandato, em 2026. No entanto, essa alteração não estava prevista no envio da peça orçamentária de 2025. Agora, a proposta é que a ampliação da faixa de isenção do IR compense o impacto negativo das medidas de corte de gastos que serão anunciadas em breve.

A tabela do Imposto de Renda está há oito anos sem correção, sendo a última alteração realizada em 2015, no início do segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff. Já de volta ao Palácio do Planalto, em janeiro de 2023, Lula manifestou o desejo de “construir” a possibilidade de isentar do Imposto de Renda todos os trabalhadores que recebem até R$ 5 mil.

Atualmente, são isentos os ganhos de até R$ 2.824. Se a tabela fosse corrigida, a faixa de isenção subiria para R$ 4.934,69, valor próximo ao indicado pelo presidente da República. Em setembro, durante o envio do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025 ao Congresso, o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, explicou que uma eventual atualização da tabela pode demandar uma revisão de outras faixas de renda.

Enquanto a correção não é feita, o governo tem adotado medidas paliativas, como a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para o equivalente a dois salários mínimos. Essas ações visam beneficiar os trabalhadores que ganham até R$ 2.824. Receba notícias do DE no seu Telegram e fique por dentro de tudo sem precisar acessar links externos.

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Forças leais a Assad atacam agentes do novo regime na Síria: mais de 14 mortos

Forças leais a Assad matam agentes do novo regime na Síria

Ao menos 14 foram mortos após operação para prisão de um funcionário do ditador deposto

Um dia após ser alvo de emboscada e perder 14 agentes, as forças de segurança da Síria deflagraram uma operação nesta quinta-feira (26/12) para “neutralizar um número determinado” de homens armados leais ao presidente deposto, ditador Bashar al-Assad, informou a Sana, agência de notícias estatal do país.

O confronto dessa quarta-feira (25/12) entre as forças de segurança e “milícias” ocorreu na província de Tartus, segundo observadores e o novo ministério sírio do Interior, durante operação para prisão de um ex-funcionário de Assad acusado de cometer crimes relacionados à prisão de Sednaya.

O oficial teria, segundo o Observatório Sírio para Direitos Humanos, entidade com sede no Reino Unido, “emitido penas de morte e julgamentos arbitrários contra dezenas de prisioneiros”. Apesar da emboscada, diversas prisões foram feitas.

Os agentes de segurança mortos pertenciam ao grupo islamista Hayat Tahrir al-Sham (HTS), que liderou a ofensiva rebelde que pôs fim ao regime de Assad no início deste mês. Em postagem na rede social Telegram, o novo ministro do Interior, Mohammed Abdel Rahman, prometeu reprimir duramente “qualquer um que ouse prejudicar a segurança da Síria ou pôr em risco a vida de seus cidadãos”.

Milhares de muçulmanos alauitas, grupo étnico-religioso minoritário do qual o ex-presidente faz parte, saíram às ruas da Síria para protestar após o surgimento de um vídeo nas redes sociais que supostamente comprovaria a vilipendiação de um santuário religioso. A autenticidade do material não pôde ser comprovada de forma independente.

Autoridades sírias, que têm se esforçado para convencer a comunidade internacional de que estão comprometidas com uma transição pacífica de poder e com o respeito às minorias, insistem que o vídeo que despertou a ira dos manifestantes é antigo. Os protestos também são motivados pela revolta com relatos de que alauitas teriam sido alvo de violência recentemente.

Essas manifestações aconteceram em cidades ao longo da costa do Mediterrâneo, que concentram a maioria dos alauitas – uma delas era Tartus, palco do confronto da noite desta quarta-feira com as forças de segurança do novo regime. Em Homs, no centro do país, o Observatório Sírio afirma que uma pessoa foi morta e outras cinco foram feridas após “forças de segurança (…) abrirem fogo para dispersar” a multidão.

Os alauitas perfazem cerca de 9% da população síria, segundo o especialista em Oriente Médio Fabrice Balanche, da Universidade Lumiere Lyon 2, na França. “Os alauitas eram bastante próximos do regime de Assad. A associação deles ao regime pode torná-los alvo de uma revanche coletiva – principalmente porque islamistas os consideram hereges”, disse o estudioso à agência de notícias AFP.

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