Dólar sobe para R$ 6 em meio a corte de gastos e isenção de IR: o impacto no mercado financeiro

A cotação do dólar voltou a subir significativamente mais uma vez, chegando a encostar nos R$ 6 na abertura do mercado desta quinta-feira. Às 9h45, a moeda estadunidense apresentava um avanço de 0,84% em relação ao real, chegando a ser cotada a R$ 5,96. No entanto, em determinado momento, o valor chegou a atingir R$ 5,99. Na última sessão de negociações, o dólar fechou em R$ 5,91, representando um aumento de 1,80%.

Os investidores estão aguardando ansiosamente a divulgação de detalhes sobre o plano de corte de gastos e a isenção do Imposto de Renda para aqueles que recebem até R$ 5 mil. Essas medidas foram anunciadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na noite de quarta-feira. A expectativa é que essas informações influenciem diretamente no comportamento do mercado financeiro.

O ministro Haddad detalhou que as propostas incluem um corte de gastos de R$ 70 bilhões nos anos de 2025 e 2026. Dentre as medidas previstas estão a limitação do aumento do salário mínimo, restrição ao abono salarial e um aumento nos impostos para os indivíduos de alta renda. Essas iniciativas têm como objetivo fortalecer a situação econômica do país.

Além disso, o governo propôs a isenção do Imposto de Renda para aqueles que recebem até R$ 5 mil mensais. Essa medida, que faz parte das promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, teve como objetivo aliviar a carga tributária das classes trabalhadoras, proporcionando um maior poder de compra e contribuindo para o aquecimento da economia.

A repercussão sobre essas propostas e anúncios tem sido intensa nos diversos setores da sociedade. O mercado financeiro, por sua vez, está atento a cada detalhe e informação que possa impactar as negociações envolvendo o dólar e outras moedas estrangeiras. A expectativa é que haja uma maior estabilidade e previsibilidade econômica a partir das decisões tomadas pelo governo.

Diante desse cenário, é fundamental acompanhar de perto as notícias e atualizações referentes às medidas econômicas propostas pelo governo de DE. Essas informações são essenciais para os investidores e cidadãos que desejam compreender as mudanças e tendências do mercado financeiro, bem como se preparar para os possíveis impactos em suas vidas financeiras.

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Julgamento do STF: Bolsonaro pede para tirar Moraes do caso golpista

Golpe: STF julga dia 6 pedido de Bolsonaro para tirar Moraes do caso

Ação movida pelo ex-presidente argumenta que o ministro do STF estaria impedido por ser, ao mesmo tempo, vítima e juiz do caso

O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para a próxima sexta-feira (6/12) a abertura do julgamento de um pedido que pode tirar o ministro Alexandre de Moraes da relatoria do inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado em 2022. A ação é movida pelo ex-presidente da República, Jair Bolsonaro.

Moraes é relator de um inquérito que tramita no STF e apura as circunstâncias da tentativa de golpe empregada fim de 2022. Bolsonaro foi indiciado na terça-feira (26/11) por ser um dos articuladores da trama golpista. Os crimes relacionados no caso são abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

O argumento de Bolsonaro é que Moraes estaria impedido legalmente de prosseguir como relator do caso. O motivo é que o ministro seria juiz e vítima, pois ele é uma das pessoas que aparece como alvo dos golpistas em um plano de sequestro e assassinato.

O caso será apreciado no Plenário Virtual da Corte pela Primeira Turma do STF. O colegiado é composto pelos ministros Cármen Lúcia, Luiz Fux, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Alexandre de Moraes que preside o grupo.

O julgamento no Plenário Virtual é realizado por meio da apresentação de votos por escrito dos ministros, ou seja, eles não fazem argumentação oral. Eles têm até o fim da sessão para apresentar o voto. Apesar do prazo, eles podem fazer pedido de vista, ou seja, mais tempo para analisar o caso, o que pode levar um retardo na decisão.

Na quarta-feira (27/11), o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, já havia sinalizado apoio para que o julgamento trama golpista no governo de Jair Bolsonaro (PL) seja feito pela Primeira Turma da Corte. Ou seja, sob os cuidados de Moraes.

“Se o relator e a Primeira Turma entenderem em enviar para o plenário, vai para o plenário. Mas a competência é deles e não é um assunto que sequer está na alçada do presidente”, afirmou Barroso a jornalistas.

O ministro Moraes direcionou o arquivo da Polícia Federal (PF) que resume a apuração do caso para a Procuradoria Geral da República (PGR). A PGR vai analisar todos os indícios e emitir um parecer, distribuído a Moraes, sobre a consistência da investigação. Moraes é quem vai decidir se o caso vai adiante e os indiciados se tornam réus.

Matéria em atualização.

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